quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Advogados guardam mensagens para instruir ações

Nem o mais pessimista observador deste angu que se transformou a OAB seria capaz de apostar que os ânimos chegariam ao nível a que estão chegando, depois que os interventores assumiram a direção da Seccional paraense, em cumprimento estrito ao que decidiu o Conselho Federal, quando decretou a intervenção para sanear a entidade.
Ao contrário, segmentos contrários e favoráveis ao presidente afastado, Jarbas Vasconcelos, apostavam que as reações contra a intervenção se esgotariam em intermináveis discussões no Poder Judiciário, o que, nas circunstâncias, seria menos mal para uma entidade que, literalmente, caiu na boca do povo - e de forma deploravelmente negativa -, depois de reveladas as idas e vindas, vindas e idas decorrente da venda de um terreno, em Altamira, para o advogado Robério D'Oliveira.
Que nada!
De fato, o Judiciário está sendo acionado. O secretário-geral afastado, Alberto Campos, por exemplo, já impetrou duas ações. Uma ação popular impetrada contra o presidente nacional da Ordem, Ophir Cavalcante Júnior, também já foi ajuizada.
Mas a coisa desbordou, derramou, extravasou para a Imprensa.
E o mais palpitante é o que ainda vem por aí.
Há mensagens por celular - muitas - que advogados trocaram nos últimos meses e que estão cuidadosamente guardadas, conservadas, preservadas, becapeadas.
Servirão para instruir futuras ações. Criminais, inclusive.
Há evidências de que supostos crimes foram cometidos para alardear outros crimes, supostamente praticados por adversários.
O ânimo entre os doutores, que até a intervenção era de hostilidade mútua, agora é de belicosidade mútua.
As armas são documentos, declarações, revelações até aqui reveladas, mensagens e artigos.
E tomara que as armas se limite a isso. O que já é muito.
Aliás, é muitíssimo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Viva a liberdade de imprensa!Viva a democracia!As instituições se aperfeiçoam quando são mostradas seus intestinos e não escondidos sob uma suposta tese de que é melhor esconder para preservar uma imagem, artificial, é claro. Esconder é uma forma de manter a ilegalidade, a imoralidade e a corrupção incólumes e manipulando instituições, inclusive,mediante intervenção...

Anônimo disse...

Eu só não entendo uma coisa: os caras estão acusando também os Procuradores Gerais que concederam as licenças ou só Ofir? Eles são advogados e devem saber o que diz a ação popular. O juiz vai ter que ouvir todos os Procuradores que prorrogaram as licenças.

Anônimo disse...

PB, os funcionários da OAB relataram ao interventor que Jarbas sumiu com vários documentos da OAB e ainda não devolveu! Entreviste o interventor para saber se isso é verdade!