quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sespa confirma segunda morte por gripe suína

No AMAZÔNIA:

Confirmada a segunda morte por gripe suína no Pará. O anúncio foi feito ontem, durante coletiva concedida por Ana Helfer, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que tentou justificar os dois óbitos registrados no Estado. 'Temos um aprendizado que foi conquistado durante o desenvolvimento da própria pandemia. No primeiro caso era uma pessoa que possuía pneumopatia e neste segundo era uma pessoa que estava em estágio final de gravidez', disse, ao ser questionada sobre as duas mortes em menos de 15 dias no Estado.
Carla Conceição Silva tinha 19 anos e faleceu na última segunda-feira, no Hospital Divina Providência, em Marituba, na Grande Belém, depois de apresentar todos os sintomas da doença. Seis dias antes de morrer, ela deu à luz um bebê do sexo masculino, que está sob os cuidados da família e sendo monitorado pela Sespa.
Natural de Santa Bárbara, Carla teve o caso notificado pela Vigilância Epidemiológica estadual somente 48 horas depois de apresentar os primeiros sintomas da gripe e seu quadro foi se agravando rapidamente até o óbito. Para Ana Helfer, a vítima contraiu o vírus em momento anterior a sua entrada no hospital. 'Temos que contabilizar o período de incubação da doença que é de um a sete dias. A gente não sabe especificar exatamente o local ou em que momento ela entrou em contato com o vírus', defende.
A coordenadora explica que nos dois casos de óbito por gripe A no Pará, as vítimas fatais faziam parte do grupo de risco. 'A gravidez proporciona alterações fisiológicas e estruturais na grávida. Por isso, ela (a paciente que morreu) se tornou mais vulnerável a desenvolver infecções respiratórias, inclusive o H1N1', reforçou.
Segundo Helfer, o principal trabalho da Sespa agora é acompanhar o recém-nascido, já que ele também pode ter sido infectado, devido o contato direto com a mãe. 'Esta criança tem que ser acompanhada a partir de agora, no mínimo durante sete dias, para verificar o aparecimento de sintomas. Caso isso aconteça, estamos preparados para acompanhar o bebê por 14 dias', adianta. A coordenadora afirma que o monitoramento não será somente à criança, como também a todas as pessoas residentes na casa onde esteve a vítima e que agora abriga o bebê.
Ana Helfer diz que a paciente estava na casa de familiares em Santa Bárbara, há mais de 10 dias. 'Ela estava sendo acompanhada por esses familiares. A equipe da Vigilância Epidemiológica da Sespa já está em Santa Bárbara, na companhia do secretário de Saúde do município, que, inclusive já estava desenvolvendo algumas ações no sentido de orientar a população. E nós estamos lá, acalmando os moradores, verificando, inclusive, se existem outras pessoas sintomáticas, e dando os principais esclarecimentos', informou.

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