sábado, 5 de setembro de 2009

Saudades de Raimundo Pinto

Sobre o adeus a Raimundo Pinto, jornalistas expressam suas saudades:

Algumas de suas palavras traduzem muito bem o Raimundo. Um profissional com “inteireza de caráter, ponderação, nobreza”. Foi esse Raimundo que conheci e admirei. Foi com esse Raimundo que tive a oportunidade de trabalhar algumas vezes e dar grandes risadas. Fico com a melhor das lembranças e com uma imensa saudade.
Fui ao hospital, mas não queria que aquele encontro tivesse sido uma despedida.
Sílvia e Lúcio, todo meu afeto a vocês. Um abraço apertado que não poderei fazê-lo hoje [04.09], pessoalmente. Aos demais familiares, meus sentimentos.
E a você, Raimundo, que Deus o receba em seus braços para o conforto merece.
CLEIDE PINHEIRO

Uma unanimidade. É assim que considero Raimundo Pinto.
Ele doou décadas de sua vida a uma profissão que carrega nos ombros o peso do compromisso com a verdade. Esse peso nem todos conseguem carregar: alguns desistem no início, outros no meio do caminho. Mas Raimundo não faz parte de nenhum desses grupos. Ele é do seleto grupo que não desiste nunca e busca verdade por um mundo melhor. Sem vaidades e frescura, foi e é grande personagem da história do jornalismo paraense. Raimundo inspirou e serviu de espelho - para um sem número de jornalistas e outros profissionais – não só pelo seu profissionalismo, mas pela sua humildade, amizade e paciência com os focas.
Lembro-me que umas trocentas vezes escapei das mãos da chefia graças à sua ajuda. Muitos coleguinhas contemporâneos – até formados na mesma turma – não gostavam de ajudar quem chegava atrasado. Principalmente se fosse de uma empresa concorrente.
Com Raimundo, assim como acontece até hoje com seu irmão Lúcio, não era assim. Se era coletiva, socializava a informação e ainda fazia a pergunta-chave (aquela que põe a bola na área pro chute direto no gol) pro colega pegar o bonde da história.
Raimundo é uma unanimidade porque, independentemente de seu desencarne, não existe ninguém que tenha mágoa contra esse homem. Poucos têm o privilégio de partir com essa paz. Por isso acredito que nosso amigo vai – em alguma das muitas moradas do Senhor - continuar ajudando os foquinhas e os foca-velha.
Muito obrigada, Raimundo, por ter tido o privilégio de me relacionar contigo e com tua família: Sílvia, Caio, Jamile, Lúcio, Socorrinho.
ROSE GOMES

Ah, esse Raimundo Pinto! É claro que a gente vai se encontrar, para ensaiarmos passos de uma nova dança, quem sabe?! Também não tive coragem de visitá-lo no hospital, porque não queria que ele visse minha tristeza. Não seria justo.
Mas ele sabia do quanto era amado e admirado por tanta gente, com toda aquela calma, aquela sensatez e aquele amor a transbordar. Profissionalmente, todos sabiam do brilho do Pintão. O que eu não posso deixar de destacar aqui foi a importância dele para o nosso Sindicato dos Jornalistas.
Pintão sempre estava presente, debatendo, propondo, discutindo. E a chapa "Nós, Jornalistas" teve a honra de merecer a confiança e o irrestrito apoio desse grande homem. Agora, ficará o vazio.
Sei que logo logo Pintão estará com o Mestre Jesus.
Sílvia, minha querida amiga, sinto tanto não estar aí para poder te abraçar. Recebe meu acalanto e minha força, e sente a paz dos anjos. O que me acalma é que tu sabes que não acredito em morte, apenas em breves partidas.
Muitos beijos porque, neste momento, não tenho mais como escrever.
HANNY AMORAS

Convivi com o Raimundo José Pinto por mais de 30 anos. Dele, só tenho boas lembranças: da vida profissional e, também, da pessoal. Era uma boa companhia, um bom papo, principalmente pelo seu humor refinado.
Hoje [sexta-feira], acompanhando de longe o seu velório, fiquei pensando em seis palavras que resumem bem o Pintão, como carinhosamente gostávamos de chamá-lo:
- Repórter: correto, preciso, simplicidade.
- Homem: íntegro, ético, sincero.
Que Deus o tenha e dê o conforto para a sua família, irmãos, filhos e para a Sílvia, sua companheira de todas as horas.
ORLY BEZERRA

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