No AMAZÔNIA:
A Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex) resolveu se antecipar e conseguiu marcar uma audiência, amanhã, às 16 horas, na sede do Ministério Público Federal com o procurador da República Daniel Azeredo para informar a intenção da entidade em acompanhar cada etapa do processo que pretende investigar as atividades de pelo menos três mil empresas madeireiras que atuam em municípios paraenses.
Azeredo está substituindo o colega, Bruno Valente, em férias até o dia 25 deste mês, e que já iniciou as investigações da compra de créditos fictícios para 'esquentar' madeira ilegal. O esquema, ilícito, começa a partir de empresas que oferecem créditos e não a madeira. Esses créditos são as autorizações acompanhadas de notas fiscais e até guias florestais, que conferem legalidade ao produto, mas que escondem a origem verdadeira da madeira, em geral, retirada de reservas indígenas ou de unidades de conservação.
O diretor técnico da Aimex, Guilherme Carvalho, informou que a entidade vai defender no MPF que o Estado aumente a quantidade de madeira legal no mercado para que as empresas não recorram à ilegalidade. Hoje, segundo ele, há pelo menos mil processos de planos de manejo ou reflorestamento tramitando na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) dependendo de aprovação.
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