No AMAZÔNIA:
Depois de uma noite conturbada por causa da maré alta, a praia do Atalaia recebeu o maior número de pessoas das férias de julho ontem de manhã. Até 10 horas, o nível da água atingiu cerca de 5,2 metros. No local, eram mais de 45 carros por minuto que passavam pela estrada de acesso e cerca de 350 ônibus e vans que saíram do interior e da capital paraense para aproveitar o veraneio. Ao todo, mais de 150 mil pessoas foram à praia. Desta vez, o que chamou atenção foi uma tartaruga gigante, de aproximadamente 200 quilos e quase um metro de comprimento, que apareceu morta no mar.
Segundo os bombeiros que a resgataram, provavelmente ela se prendeu em uma rede de pescadores e, com a corrente de água, acabou parando na praia do Atalaia. De acordo com o cabo Vinícius Andrade, a situação é bastante comum. Isso porque vários pescadores não atuam apenas nos locais corretos e acabam prejudicando esses animais.
Até 13 horas de ontem, foram registrados no posto do Corpo de Bombeiros dois casos de crianças perdidas dos pais e cinco de ferroadas de peixe bagre, que costuma ficar na parte rasa do mar. Segundo a Polícia Militar, nenhuma ocorrência grave foi registrada durante todo o final de semana. A expectativa é que o próximo domingo seja ainda mais movimentado, já que não há previsão de maré alta.
Comércio - No domingo, os vendedores ambulantes reclamaram da quantidade de vendas por causa da maré alta. Como o nível da água alcançou mais de 5 metros, muita gente deixou para frequentar a praia somente depois das 10h ou, como no sábado, após a meia-noite. De acordo com o vendedor de água de coco Pedro Ferreira, que vendeu mais de 150 unidades no final de semana passado, desta vez foram apenas 100. 'As vendas foram muito ruins, mas deu para garantir um dinheirinho para se manter durante a semana', disse.
A veranista Kátia de Souza, que está em Salinas desde 22 de julho, disse que a maré alta foi o único problema deste final de semana. Por causa do episódio, ela deixou de entrar em uma das festas no Atalaia, no sábado. Já ontem de manhã, ela deixou para ir à praia somente depois das 11h30. 'Perdi uma manhã de sol e uma noite de badalação. Mas, mesmo assim, não há no Pará lugar melhor para curtir o verão que Salinas', contou.
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