segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

PMDB está decidido a concorrer como cabeça de chapa

O deputado estadual Antônio Rocha, presidente municipal do PMDB de Santarém, deve encontrar-se hoje com o secretário municipal de Planejamento, Everaldo Martins Filho. Vai dizer-lhe basicamente duas coisas:
1. Para as eleições de 8 de março, data fixada pela resolução que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aprovou na quinta-feira passada, o PMDB santareno tem todo o interesse em manter a coligação de 12 partidos que apoiou a reeleição vitoriosa da ex-prefeita Maria do Carmo Martins Lima (PT), que teve o registro de sua candidatura cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no final do ano passado.
2. O PMDB entende que é direito seu apontar o candidato que vai encabeçar a chapa majoritária. A justificativa para o partido fazer tal proposição é a de que o PT santareno não dispõe, no momento, de nenhum nome com densidade eleitoral suficiente para enfrentar uma eleição para prefeito no município. E mais: pesquisas internas apontariam que os candidatos do PMDB têm mais condições de vencer o pleito.
O encontro entre Rocha e Everaldo é o primeiro acontecimento marcante de uma semana decisiva no cenário eleitoral em Santarém. É que, segundo a resolução aprovada pelo TRE, os partidos poderão fazer suas convenções de 29 deste mês a 1º de fevereiro, ou seja, de quinta-feira até o próximo domingo.
E mais: ontem à noite, os assessores jurídicos do PT davam os últimos retoques no mandado de segurança que deverá ser ajuizado provavelmente ainda hoje. Na ação, eles vão pedir que a resolução do TRE seja suspensa e, consequentemente, também seja suspensa a eleição marcada para 8 de março.
Alegarão que Maria do Carmo ainda pode voltar ao cargo porque o Supremo Tribunal Federal (STF) não julgou um recurso extraordinário pedindo a reforma da decisão do TSE que cassou o registro da candidatura da petista.
Questionarão ainda que o dispositivo da resolução do TRE que trata da candidatura apenas de servidores que se desincompatibilizaram em 5 de junho de 2008. A perdurar tal dispositivo, alegam os assessores jurídicos do PT, todos os secretários e secretárias do governo Maria do Carmo não poderão concorrer ao próximo pleito, se houver.

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