domingo, 16 de novembro de 2008

Tráfico de maconha sofre um duro golpe

No AMAZÔNIA:

Quarenta plantações e 220 mil pés de maconha erradicados, 220 quilos da droga apreendidos e cinco presos em flagrante foram o resultado das operações Clareira e Rio das Roças, realizadas pelas Polícias Federal, Civil e Rodoviária Federal do último dia 3 até ontem nos municípios de Cachoeira do Piriá, Viseu, Garrafão do Norte e Nova Esperança do Piriá, no nordeste paraense. Segundo a Polícia Civil, 80% do entorpecente apreendido foi queimado no local, enquanto que o restante - quase meia tonelada de maconha tratada e pura - foi encaminhado à Divisão de Repressão do Crime Organizado (DRCO), em Belém, para realização de perícia. Com o fechamento da operação, 37 inquéritos foram abertos pela PF e pela Civil para estudar as origens e destinos da droga.
Segundo o delegado João Bosco, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da DRCO, a operação foi deflagrada por conta do montante de denúncias e apreensões ligadas ao cultivo e tráfico de maconha no extremo nordeste paraense. No intuito de acelerar as buscas, um coletivo de policiais federais, civis e rodoviários foi encaminhado para o local e dividido em equipes aéreas, que sobrevoaram a região em um helicóptero oficial, e que procurava os cultivos por terra.
Na base montada em Nova Esperança do Piriá e Garrafão do Norte, a operação conseguiu destruir dez plantações que continham cerca de 55 mil pés de maconha, além de 120 kg que já estavam prensados, empacotados e prontos para a comercialização. Neste cultivo, quatro homens ainda não identificados acabaram presos. Três armas de fogo foram encontradas com o bando. A outra base da operação ficou em Cachoeira do Piriá, na fronteira do Pará com o Maranhão, onde foram destruídas 31 plantações e 177 mil pés da droga. Apenas um homem foi preso, sendo que, no ato da prisão, teria havido resistência.
Autuados em flagrante por tráfico, os cinco homens foram encaminhados à comarca da Polícia Civil em Garrafão do Norte. A PC em Belém ficou responsável por guardar parte da droga para que ela fosse analisada. À tarde de ontem, um total de quase meia tonelada de maconha espalhava um forte odor pelas dependências da DRCO. 'Esta quantidade de droga é apenas uma parte de uma ampla rede da qual já temos conhecimento. Utilizamos equipes aéreas e por terra justamente para chegar a todas as plantações o mais rápido possível', afirmou.
Nordeste - Segundo o delegado, o extremo nordeste paraense é o maior pólo de produção de maconha do Estado. A ligação com o Maranhão, a partir de Cachoeira do Piriá, já é alvo de investigações das três polícias há meses. 'Esta rede de comércio vai até o Nordeste do Brasil. Ali a maconha é plantada, colhida, prensada, seca e aí sim é transportada para abastecer os compradores. Pela quantidade, dá para afirmar que este material que apreendemos ia circular pelo Maranhão e Estados próximos'.
Com a abertura de 37 inquéritos - 31 pela Federal e mais seis pela Civil - no encerramento das operações Clareira e Rio das Roças, a polícia pretende descobrir quem são os financiadores da atividade. 'Não adianta prender o cara que estava lá, plantando ou colhendo a maconha, e achar que a situação está resolvida. Temos que descobrir quem está por trás da atividade, quem atravessa a droga, quem compra no Pará e fora dele, enfim, todos os agentes que comandam a rede do tráfico', alerta João Bosco.

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