sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Remo segura o Carrossel

No AMAZÔNIA:

O Clube do Remo conseguiu escapar, pelo segundo dia consecutivo, de perder parte do terreno onde está o Carrossel, na Avenida Almirante Barroso. Conseguiu além, mas também teve que pagar seu preço. A oferta do departamento jurídico do clube foi a desistência de qualquer recurso referente ao leilão da sede campestre, em Benfica, e, possivelmente, dos bloqueios de renda por parte da Justiça do Trabalho. Os envolvidos se reunirão novamente para definir melhor a segunda parte.
O advogado André Meira, responsável pela atuação trabalhista dentro do clube, explicou qual foi a estratégia usada ontem no leilão do processo movido pelo volante Fabiano Silva na 2ª Vara Trabalhista. O clube abriu mão do terreno em Benfica para sair do sufoco imposto pelos bloqueios. 'Sustamos a praça do Carrossel', explicou Meira. 'O Remo fez uma proposta ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho) na qual o clube desiste da sede campestre e não haverá mais nenhuma praça de outro imóvel nem bloqueios de renda. Ficou acertado que, em dez dias, vamos apresentar a resposta a essa proposta para evitar que o Carrossel volte a ir a leilão. Acredito que, até semana que vem, teremos uma proposta formal.'
Sobre o leilão da quarta-feira, sustado provisoriamente pela juíza da 1ª Vara por causa da forma de pagamento e de dívidas do terreno com a prefeitura, o advogado afirmou que, por enquanto, espera pelos trâmites legais para saber se outras propostas serão feitas. 'Se ele ajuizar uma ação, ela será publicada no Diário Oficial e depois seremos notificados.'
Atualmente, o caso mais complicado entre a Justiça do Trabalho e o Remo continua sendo o do meia-atacante Thiago Belém, jogador que saiu direto do sub-20 com um contrato com uma multa rescisória de R$ 800 mil e, logo em seguida, foi demitido. 'Nosso maior processo hoje em dia é do Thiago Belém, que, atualizado, dá cerca de R$ 1,4 milhão', explica André Meira. 'É um processo que está em execução desde 2005, mas vamos ainda tentar um acordo.'
Para Meira, o fato do lateral-direito Cicinho e o zagueiro Da Silva terem adquirido seus direitos federativos na Justiça foi uma vitória para o Remo, em face do dinheiro que o clube teria que desembolsar para pagar seus salários atrasados. 'Os casos dos dois eram de salários atrasados há quatro meses e sem depósito de FGTS', explica o advogado. 'Conseguimos os acordos para diminuir o valor da indenização. Receberão apenas os salários através do acordo'. E os passes.

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