sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Águia denuncia nordestinos

No AMAZÔNIA:

Seguindo à risca as palavras do chefe João Galvão - de que tudo o que ocorre no Águia de Marabá possui uma grande parcela de sofrimento -, o panorama do Azulão rumo à classificação para a Série C assume contornos dramáticos. A derrota do time marabaense para o Confiança na quarta-feira fez o time cair para a quarta colocação, com os mesmos 15 pontos. Beneficiado pela vitória do Guarani diante do Duque de Caxias, ontem, em Campinas, o Águia permanece no G4, mas seus próximos confrontos serão complicados: no próximo domingo, 16, a equipe pega o já campeão Atlético-GO, no Mangueirão; e no dia 23, o emergente Guarani-SP em Campinas. De acordo com o site Chance de Gol, as chances de o Azulão obter o acesso para a Série B são de apenas 8%, a menor entre os oito aspirantes à Segunda Divisão. Porém, nada disso abala a confiança do plantel marabaense, que hoje volta aos treinos, em dois períodos.
O retorno a Belém aconteceu da pior maneira possível. No desembarque do Águia na capital paraense, nenhum membro da equipe e comissão técnica conseguiu tirar do rosto as feições de decepção pelo resultado negativo. Ainda mais da maneira como a derrota ocorreu. 'O Águia começou bem a partida', disse o técnico João Galvão. 'Saímos na frente, mas começamos a cometer erros bobos. De repente, nos lançamos ao ataque e tomamos dois gols. Então aconteceu aquela catástrofe.'
A 'catástrofe' citada por Galvão se refere ao blecaute ocorrido no estádio Lourival Batista, em Aracaju, após o segundo gol do Águia. Após o apito final, o treinador não se segurou e partiu para o ataque, coisa que o Azulão pouco fez durante a partida. Galvão sugeriu uma suposta armação protagonizada pelos sergipanos no estádio Lourival Barbosa. 'Está claro que eles fizeram algo intencional', afirma Galvão. 'Agiram de má fé. O Águia pressionava e marcou o segundo gol em um momento no qual os jogadores do Confiança já estavam cansados, arrastando-se em campo.'
Em meio à crise, Galvão comemora a volta de dois jogadores de suma importância ao funcionamento da equipe: o capitão e xerife da zaga Edcleber e o atacante Beto, já recuperados de lesão. Segundo o técnico, a dupla possui 90% de chances de retornar na próxima partida. 'O retorno deles será fundamental no caminho para a classificação', disse. 'O caso do Felipe Mamão é um pouco mais complicado, porque ele está parado há tempos e pode ter perdido o ritmo de jogo. Vamos observar o desenrolar das coisas até o dia do jogo', disse. O meia Soares, que sentiu um problema na coxa após a partida, será poupado dos treinamentos até o próximo domingo.
Outra dúvida paira sobre o esquema tático que será utilizado no domingo - se volta ao 4-4-2 ou permanece no 3-5-2. O fato de o Atlético Goianiense já vir com o caneco nas mãos para a partida também anima o cartola-treinador. 'Ainda não sei como vou armar o time. Sei que vamos buscar este resultado, porque nem eu e tampouco os jogadores deixamos de acreditar no acesso. Temos que conseguir os três pontos aqui e tentar de tudo para surpreender o Guarani fora de casa, em mais um jogo que será uma pedreira para nós. Vamos torcer também para que o Atlético Goianiense venha com um time misto para cá', finaliza Galvão.

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