No AMAZÔNIA:
Depois de chegarem ontem à noite a Belém, hoje de manhã os jogadores do Águia voltam a trabalhar. E trabalharão sob pressão. Por mais que o discurso seja o da tranqüilidade, não há como negar que o time paraense está sob pressão. Com doze pontos, se depender só dos dois jogos em casa que restam o Azulão vai a 18, pontuação que pode não ser suficiente para a classificação para a Segundona. O técnico João Galvão e o do Brasil-RS, Beto Almeida, sustentam que com 18 a 20 pontos será possível garantir uma das três vagas restantes - uma já é do Atlético-GO -, mas é um risco.
Para tentar melhorar o rendimento de seus jogadores o treinador prometeu ter conversas sérias com eles, falar sobre a necessidade extrema dessa classificação e os benefícios que ela trará para o clube e para a carreira de todos eles. Mas o treinador esbarra num problema que, por mais que a comissão técnica do time paraense negue, salta aos olhos: o desgaste. O elenco do Águia é pequeno - isso é admitido - e ele vem sentindo o desgaste da competição.
Por mais que Soares tenha admitido que não vem bem, o maior exemplo desse desgaste está no ataque, mais especificamente em Aleílson. Principal revelação do Águia esse ano e jogador de inegável qualidade, tanto que tem nove gols e é o artilheiro da equipe na competição, ele vem mostrando que não é mais o mesmo em todo o octogonal. Da totalidade de gols que fez, oito foram nas fases anteriores e apenas um nessa.
Fisicamente não se vê problema algum aparente, já que Aleílson mantém a velocidade de outrora, mas as finalizações tem sido as piores possíveis. Oportunidades não têm faltado. O Águia cria muitas, mas muitas jogadas, e as aproveita em um número muito pequeno. 'Tem que ser feito um trabalho psicológico com os jogadores. Tenho conversado bastante com eles e conversarei mais ainda. Confio demais neles. Esses jogadores fizeram por onde e tem qualidade para se superarem', disse Galvão. 'Com o Águia é sempre assim. Nos momentos mais difíceis nós damos a volta por cima', completou o treinador.
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