domingo, 16 de novembro de 2008

Oficial de registro deve frear os impulsos dos pais

No AMAZÔNIA:

O oficial de registro público é o primeiro filtro contra nomes estapafúrdios. De acordo com a Lei de Registros Públicos, o prenome não será registrado pelo oficial se por suscetível de expor ao ridículo seu portador. Esta responsabilidade, Luiziel Guedes, oficial do 2º Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, leva a sério. Para isso, ele usa paciência e bons argumentos para convencer os pais sobre uma opção melhor.
Luiziel já impediu que uma criança fosse nomeada de Ranão. Depois de muita discussão, ele conseguiu convencer os pais de que Ramon seria uma alternativa mais viável. Ainda na semana passada, o pai quis que o prenome de seu filho fosse Obama. Como se trata do sobrenome do próximo presidente dos Estados Unidos, Luiziel achou melhor que o garoto tivesse o prenome, Barack, o que o pai aceitou. 'Se não houver consenso, o que é muito freqüente, a decisão vai para o juiz de Registros Públicos', explica o oficial.
Luiziel também conseguiu convencer o pai a, em vez de nomear o filho de Kaká, colocar o prenome do famoso jogador de futebol, Ricardo. Também evitou que outro recém-nascido fosse Felipe Massa, fazendo com que ficasse apenas com o primeiro nome. Em um dos últimos casos, porém, ele não obteve êxito. Os pais estavam irredutíveis na idéia de que o filho fosse chamado de Rei Roberto Carlos, tal fãs eram do cantor. 'Nesta situação, fiz que eles escrevessem uma petição para que o nome fosse aquele, para que, no futuro, o cartório não fosse acusado de cometer erros', conta.

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