sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Leão consegue vitória parcial

No AMAZÔNIA:

O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região decidiu ontem aceitar parte da proposta do Clube do Remo para a quitação de grande parte das dívidas trabalhista com o dinheiro da venda da sede campestre. O TRT aceitou parte da proposta porque a segunda, a que visa o fim dos bloqueios de renda, de patrocínio e dos leilões dos imóveis do clube, ainda está em apreciação. Só se essa parte for aceita é que o clube abrirá mão de vez do terreno de Benevides.
Dos R$ 3 milhões da sede campestre, R$ 1,4 milhão já foi depositado pela construtora Leal Jr., o restante será pago em oito prestações mensais de R$ 200 mil. Esse dinheiro passaria para o Projeto Conciliar, do Tribunal, que visa justamente facilitar a conciliação e os acordos entre as partes. Mas esse valor só será utilizado com esse fim caso a segunda parte do acordo proposto pelo departamento jurídico doRemo seja aceito. De acordo com o advogado André Meira, responsável pelos casos trabalhistas, essa decisão pode acontecer ainda essa semana.
'Essa decisão de hoje (ontem) é um bom sinal do Tribunal, reconhendo que o Clube do Remo age de boa fé. Tomo isso como uma vitória. Mas, logicamente, falta a outra parte', explicou Meira.
Segundo o advogado o montante da dívida trabalhista do clube é de aproximadamente R$ 5,5 milhões. Mas com o valor pago pela sede o Remo terá condições de negociar com os credores para que eles recebam um valor menor, mas com a garantia de que o dinheiro já existe. 'Não posso dizer que toda a dívida será quitada. É um valor alto. Mas com esses R$ 3 milhões teremos com o que negociar. É um panorama animador. Creio que se tudo der certo poderemos resolver cerca de 95% dos casos'. Atualmente o maior credor individual do clube é o meia-atacante Thiago Belém, com cerca de R$ 1,4 milhão por receber. O jogador tinha uma multa rescisória de R$ 800 mil com o Remo ao ser demitido.
A necessidade de aceitação da segunda parte, especialmente a parte do fim dos leilões, ganham prioridade porque em dezembro estão agendadas outras praças envolvendo imóveis do clube. Dia dez de dezembro a sede social estará de novo em condição de venda. 'Existe esse leilão, mas já entramos com uma petição para tentar suspendê-lo. Se o acordo for aceito ele será supenso de imediato', disse o advogado. Meira mostra bastante otimismo com a possibilidade da proposta remista ser aceita pelos juízes do Tribunal. Para ele, seria um final de ano com uma notíca muito boa para o clube, que começaria 2009 com uma possibilidade de receita considerável em relação ao que foi 2008.
'É razoável que os bloqueios sejam cancelados. Seria uma conseqüência natural da aceitação de parte desse acordo. Mas temos que esperar. Acredito que ainda essa semana teremos um parecer sobre o caso', disse. 'Caso o acordo seja aceito será uma vitória e tanto para a atual administração e para o Remo. O próximo presidente, o que assumir ano que vem, terá um problema a menos que prejudicou muito o Remo nesses últimos tempos. Poderá negociar contratos de patrocínio com uma preocupação a menos', finalizou Meira.

Um comentário:

Anônimo disse...

O caro poster saberia dizer quem era o "brilhante" presidente do Remo que assinou contrato com o jogador Thiago Belém, com essa multa recisória tão elevada?
E teria sido esse mesmo "competente e responsável" dirigente quem deixou a bomba cair na justiça do trabalho?
A sofrida torcida azulina adoraria saber o nome dessa "figura".
Vai ver hoje deve ser benemérito ou, quem sabe, cardeal (bleargh!).