No AMAZÔNIA:
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos e Socioeconômicos (Dieese) adverte que a proposta patronal está muito acima dos 10% de inflação acumulada. Se aprovado, o novo valor consumirá 22,20% do salário mínimo, renda da maioria da população. O Dieese calculou a inflação acumulada entre agosto de 2007 e outubro de 2008, o mesmo período considerado pelo Setransbel para calcular os custos com os quais explica o pedido de reajuste.
Na comparação, o reajuste é de 28% e a inflação medida é de 10%. A diferença faz com que o supervisor técnico do departamento, Roberto Sena, considere a proposta absurda.
Ele explica que o percentual pedido pelos empresários é incompatível com o poder aquisitivo dos usuários de transporte coletivo da Grande Belém porque o salário mínimo é reajustado pela inflação. Sena observa, ainda, que a própria Lei Orgânica do Município de Belém determina que a tarifa de ônibus urbanos deve levar em consideração o poder aquisivo da população e não só o equilíbrio financeiro das empresas.
A norma da lei orgânica tenta preservar o direito do cidadão ao transporte, um serviço considerado essencial. Daí que a proposta dos empresários deve ser analisada pelo conselho municipal de transporte e apresentada ao prefeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário