domingo, 16 de novembro de 2008

Chegou a hora da verdade

No AMAZÔNIA:

Uma das grandes falhas do Águia de Marabá no octogonal final foi ter desperdiçado pontos quando teve a vantagem do mando de campo. A derrota para o Duque de Caxias e os empates com o Campinense e o Confiança, no Mangueirão, complicaram a vida do Azulão. Mas este roteiro não é novidade para o time do interior. No início de cada fase, foi possível notar que o Azulão começou sua trajetória de maneira sonolenta, desperdiçando pontos considerados fáceis em partidas disputadas sob seus domínios. E, para ficar esperto, algumas 'porradas', que foram sentidas no começo, passaram a ser utilizadas como aprendizado no decorrer da competição. Mais uma vez na Série C, o Águia terá que provar que tem um pouco de fênix e pode ressurgir no momento mais difícil: contra o já campeão Atlético Goianiense, às 16h, no Mangueirão. O time mais uma vez fechou-se no objetivo e convida a torcida a fazer a sua parte. Os ingressos custam R$ 2 para as arquibancadas e R$ 5 para as cadeiras.
Recapitulando o desempenho do time na competição, a instabilidade torna-se visível. No princípio da 1ª fase, o Águia começou bem, aplicando um 4 a 2 sobre o Palmas-TO. Porém, na segunda rodada, jogando em casa, foi surpreendido pelo Bacabal, que virou o jogo para 3 a 2 para o desespero dos torcedores no Zinho de Oliveira. E na terceira rodada a derrota para o Paysandu, por 3 a 1 na Curuzu, acendeu o sinal de alerta do time. A partir daí o Águia reagiu: venceu duas e empatou uma partida e garantiu sua classificação para a segunda fase. Para o atacante Beto, que ficou de fora contra o Confiança mas tem a escalação 90% garantida hoje, os insucessos deveram-se principalmente ao cansaço acumulado neste período. 'Na primeira fase tínhamos muitas viagens de ônibus. Saíamos de Marabá sabendo que teríamos 15 horas de ônibus pela frente. Quando terminava o jogo, era mais uma viagem longa. Tivemos que encarar de frente e buscar força para nos superar', disse.
Na terceira fase da competição, o Águia mostrou-se disposto a se garantir logo no início. Duas vitórias e um empate nas três primeiras rodadas. Tudo parecia bem, até chegar na Arena da Floresta. A surra de 4 a 0 imposta pelo Rio Branco fez com que o estádio voltasse a ser o palco das tragédias paraenses. Esta derrota doeu tanto que o Águia pareceu zonzo nas duas últimas rodadas, em que só empatou. A classificação esteve por um fio.
Agora, no octogonal, e carregando a bandeira do Pará nas costas, o Águia alternou bons e maus momentos. Um deslize foi a goleada sofrida para o Atlético Goianiense, que pode ser devolvida hoje. Em compensação, o fantasma da Floresta foi exorcizado, com uma vitória heróica de virada nos minutos finais contra o Rio Branco. 'Temos que jogar o que sabemos. Nosso grupo se uniu ainda mais durante a competição. Temos trabalhado duro e acho difícil ficarmos de fora agora, justamente pela dedicação', diz o confiante Beto.
O técnico João Galvão também concorda com esta fama do Azulão. 'Em todas as fases as coisas caminharam deste jeito. Sofremos com as possibilidades mas no fim sempre conseguimos nosso objetivo. Desta vez não será diferente. O grupo todo sabe do potencial que tem e que pode chegar à Série B. Temos que conseguir a vitória hoje para pensar no jogo contra o Guarani. Mas a classificação só será mesmo decidida na última rodada', disse. 'Espero também que o Atlético chegue com a ressaca da festa que fizeram na quinta', finalizou Galvão.

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