No AMAZÔNIA:
Após um boato de que um dos alunos das Escola Estadual Santo Agostinho, no bairro do Marco, estaria internado no Hospital Barros Barreto com meningite, pais e alunos passaram a cobrar da direção da escola uma atitude definitiva. O medo de que ali poderia ter um foco da doença contagiosa, mudou até os hábitos das crianças que deixaram até mesmo de beber a água da escola. 'Eu não deixo mais a minha filha beber água da escola. Estou mandando uma garrafa cheia para ela. Não sei mais o que fazer, só não a tirei da escola porque ela não pode perder aula', declarou uma das mães, que não quis ser identificada.
Segundo uma outra mãe de aluno, a Vigilância Sanitária teria sido acionada, mas o órgão informou que não recebe denúncias por telefone. 'Eu acho que quem deveria tomar essa atitude era a direção da escola', disparou Edinalva Fernandes. 'Sabemos que a escola não tem muita higiene. Há muitas fezes de pombos no chão da quadra de esportes', completou.
Com a diretora da escola de licença por problemas de saúde, uma das técnicas respondeu às acusações dos pais. 'Eu já entrei em contato com o pai do aluno, que me garantiu que o filho não está com meningite, inclusive ele vai receber alta hoje. O que o filho dele tem é uma doença contraída por fezes de pombos', afirmou a pedagoga Rafaela Câmara.
Ainda de acordo com Rafaela, o colégio está tomando todas as providências cabíveis. Ainda ontem, um técnico da Zoonoses foi ao local. Segundo o Hospital Barros Barreto, o laudo final da doença do menino só será divulgado hoje, mas informou, extra-oficialmente, que o menino não está com meningite.
Sesma esclarece que monitora os casos
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), por meio da Vigilância Epidemiológica, esclareceu que realiza diariamente a busca ativa dos casos suspeitos de meningite na Unidade da Pedreira, que é a Referência no município de Belém. Todos os casos notificados pela Unidade da Pedreira ou de outro hospital, quando são de origem do município de Belém, passam por investigação da Vigilância Epidemiológica, que se desloca também para a residência do paciente a fim de prestar atendimento ou mesmo com aplicação de medidas de controle, dependendo de cada caso, e aos seus familiares, assim como de todos os que com ele convivem. Outro trabalho realizado pela Vigilância Epidemiológica é o de prestar orientação por meio de palestras em escolas onde são detectados casos suspeitos da doença.
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