quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ameaça de greve na educação

No AMAZÔNIA:

Os professores da rede municipal de Ananindeua ameaçam entrar em greve caso a reivindicação sobre o vale-alimentação da categoria não seja atendida pela Prefeitura. 'A paralisação será nosso último recurso. Se a gente esgotar todas as possibilidades e não encontrar uma solução a greve é uma possibilidade sim', afirmou o coordenador geral do Sindicato dos Professores do Pará (Sintep), em Ananindeua, Jair Pena. Ontem de manhã, um grupo de professores se reuniu com o secretário de Planejamento do município, Severino Filho, que se comprometeu a enviar, por escrito, um documento ao Sintep confirmando o acordo feito com a categoria antes das eleições municipais.
Os professores querem um vale-alimentação, no valor de R$ 140, para todos os funcionários da educação que fazem parte da folha do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). Era isso que, segundo eles, previa o acordo firmado, inicialmente, entre o Sindicato e as Secretarias Municipais de Educação e Planejamento. O problema é que a secretária de educação, Eliete Praga, teria dito, em uma reunião com os diretores das escolas públicas municipais de Ananindeua, que o valor seria reduzido para R$ 100 e pago somente aos professores. Ou seja, seriam excluídos do benefício secretários, serventes e merendeiras. 'Achamos uma injustiça. Até porque já estávamos negociando há meses e ficou acertado que todos receberiam, então por que essa mudança de uma hora para outra?', questionou Jair.
Segundo o Sintep, o recurso para o pagamento do vale-alimentação dos trabalhadores da educação, a partir do dia primeiro de janeiro do ano que vem, é proveniente do Fundeb. O município de Ananindeua vai receber quase R$ 3,5 milhões para conceder o beneficio a 1.976 servidores, entre professores e funcionários de apoio. 'A maneira como esse valor seria dividida foi amplamente discutida com os dois secretários (Educação e Planejamento). Nossa proposta, de R$ 140 para todos que estão na relação do Fundeb, já tinha sido aprovada. Não entendemos porque a Secretaria de Educação está dando para trás agora'. O Sindicato também chama atenção para outro fator. 'Diminuindo o valor e o número de beneficiados vai sobrar dinheiro. Queremos saber onde ele vai ser empregado.'
A categoria vai aguardar que o documento que oficializa o acordo firmado entre o Sintep e a Prefeitura, por meio das Secretarias de Educação e Planejamento, chegue ao Sindicato. Caso isso não aconteça, o Sintep deve convocar todos os professores para uma mobilização. 'Vamos inicialmente fazer um protesto em frente a Prefeitura. Se isso não resolver a greve é uma possibilidade. Ela quase aconteceu antes das eleições e só não ocorreu porque entramos em acordo', afirmou Jair. O próximo passo, segundo ele, é a negociação de cargos e salários para os professores do município.

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