sábado, 18 de outubro de 2008

Bala não foi retirada da cabeça de refém durante cirurgia

As duas adolescentes que foram baleadas pelo seqüestrador em Santo André, no ABC, foram submetidas a cirurgias na noite desta sexta-feira (17). A médica Grace Mayre Lydia, neurocirugiã que participou do atendimento de Eloá Cristina Pimentel, ex-namorada do criminoso, disse que não foi possível retirar a bala que ficou alojada na cabeça da jovem.
“É um caso muito grave e é um diagnóstico bem reservado”, disse, fazendo referência ao fato de que apenas os familiares deverão ser completamente informados sobre o quadro da adolescente. “Vamos aguardar por 48 horas pela reação dela.”
Segundo a médica, Eloá deu entrada em coma no Centro Hospitalar de Santo André e passou por um procedimento chamado “craniotomia descompressiva”, realizado por três médicos. Em coma induzido, ela foi levada sob o efeito de sedativos para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital. A médica diz que, em uma escala de 3 a 15, seu estágio de coma é considerado 4, um abaixo do mais grave. Ela corre risco de morte, segundo a cirurgiã.
Os médicos informaram que não é possível identificar o calibre da bala que feriu Eloá, mas que a maior perda de massa encefálica sofrida por ela ocorreu logo após a perfuração. O projétil ficou alojado na parte posterior do crânio. Durante a cirurgia, a garota se manteve estável e não sofreu parada cardíaca. “A gente fez o que pode, mas o caso é muito grave.”

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