Em O ESTADO DE S.PAULO:
Preocupado com os efeitos do tiroteio na direção da ministra Dilma Rousseff, escolhida como alvo da oposição após o vazamento de dados sigilosos de gastos do governo Fernando Henrique, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escalou o publicitário João Santana, consultor do governo, para ajudar a “mãe do PAC”. Lula avalia que Dilma é “vítima” de conspiração orquestrada por adversários, temperada pela guerra de grupos dentro da Casa Civil, e está disposto a defendê-la não só nos palanques domésticos como no exterior.
“Não sei qual o incômodo que as pessoas podem ter com a Dilma”, afirmou o presidente, ontem, durante entrevista em Haia, na Holanda. Ao ser questionado se a chefe da Casa Civil ainda está forte, Lula respondeu com outra pergunta: “E qual a razão para ela não estar forte?” Com um discurso recheado de elogios à ministra, o presidente insistiu em que Dilma é “extremamente importante”, além de “coordenadora excepcional”, com “função primordial” no governo. “É a mulher que faz o PAC acontecer 24 horas por dia, e por isso eu disse que ela é a mãe do PAC.”
Lula sabe, porém, que o episódio do dossiê - chamado no Planalto de “banco de dados” - causou grande desgaste à imagem da ministra, que, apesar da turbulência, continua sua favorita para disputar a sucessão presidencial de 2010. Foi para blindá-la que ele pediu a assessoria de Santana. O marqueteiro dá orientações a Dilma desde o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em janeiro de 2007. A crise do dossiê, porém, aproximou ainda mais os dois.
Santana aconselhou Dilma a sair da defensiva e enfrentar a oposição: ontem mesmo, a ministra mandou ofício à Comissão de Infra-Estrutura do Senado, aceitando prestar esclarecimentos sobre a usina hidrelétrica de Belo Monte e as obras do PAC. O publicitário também orientou a chefe da Casa Civil a manter sua agenda administrativa como gerente do PAC.
Mais aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário