terça-feira, 8 de abril de 2008

Chuva deixa 700 famílias desabrigadas em Marabá

O aumento do nível dos rios Tocantins e Itacaúnas já desabrigou cerca de 700 famílias em Marabá (PA). A informação é da Defesa Civil no município, que removeu as pessoas das áreas de risco, levando-as para abrigos temporários e erguidos em ginásios, escolas e terrenos, com apoio do Exército e do Corpo de Bombeiros.

Segundo o general José Wellington Castro Ferreira, comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Marabá, os bairros periféricos são os mais atingidos pela cheia do rio. Apesar de explicar que o nível das águas ainda não chegou ao ponto considerado crítico, Wellington diz que a situação exige atenção e está sendo monitorada.

"Estamos acompanhando os boletins sobre a situação meteorológica que a Eletronorte envia diariamente para a Defesa Civil", disse o general. "Por enquanto, a expectativa é de que não teremos um agravamento da situação, mas o quadro atual pode perdurar por algum tempo".

Vivendo às margens da confluência dos rios, os moradores de Marabá enfrentam enchentes anualmente. Quando as águas sobem 12 metros acima do normal, a situação é considerada emergencial pela Defesa Civil.

Hoje (8), o coordenador do órgão em Marabá, Francisco Vicente Ribeiro Alves, disse que embora os rios estejam com nível 11,5 metros acima do normal, a situação é tranqüila, com tendência a baixar.

Alves disse que a população sofreu muito mais em anos recentes, lembrando que em 2007, 1,25 mil famílias foram desabrigadas pelas chuvas.

Para amenizar os estragos provocados pelas chuvas, o governo autorizou um crédito extraordinário de R$ 540 milhões – por meio de medida provisória (MP) – que deve ser repassado aos governos municipais, sendo um terço para ações de prevenção, um terço para apoio imediato e socorro emergencial e um terço para a recuperação dos danos provocados pelas enchentes.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve reunido com governadores para discutir o assunto. O governador do Ceará, Cid Gomes, disse que a chuva deixou casas destruídas e milhares de desabrigados.

 

Fonte: Agência Brasil

Um comentário:

Anônimo disse...

PREVENIR OU ESPERAR O PRÓXIMO ANO:
todo ano o mesmo fato natural(nem tanto em razão do aquecimento global) e suas consequências sociais em Marabá e vizinhanças.Marabá bem que mereceria uma conduta política das três esferas de governo(federal, estadual e municipal)e da sociedade civil e empresarial organizada no sentido de um planejamento urbano adequado territorialmente para prevenir a via-crucis anual por que passa Marabá.Gostaria de saber quem ganha com os dispêndios emergenciais e quem perde e continua perdendo ano após ano.Parece até a indústria da não prevenção...