No AMAZÔNIA:
Uma multidão de fiéis acompanhou, ontem de manhã, a última procissão do Círio 2009, em Belém. A estimativa é de que pelo menos 50 mil devotos tenham participado do Recírio, romaria que marca a despedida de Nossa Senhora de Nazaré e conduz a imagem peregrina da Basílica até o colégio Gentil Bittencourt. Os romeiros vieram de toda parte, como Maria do Carmo Barbosa, 58 anos, que veio de Castanhal, acompanhada da filha e da neta, para se despedir da Santa. 'São dois momentos que eu não posso perder. Para deixar de vir só se não conseguir andar mais', disse a dona de casa, que além do Recírio acompanha também a grande procissão do segundo domingo de outubro.
As três mulheres estavam entre os inúmeros fiéis que, desde muito cedo, aguardavam o início da programação do Recírio na Praça Santuário. Eduardo Aparecido Gomes, 42 anos, chegou à Basílica pouco depois das 4 horas da manhã. Queria garantir um bom lugar para assistir um dos momentos mais aguardados do dia: a subida da imagem original, aquela encontrada por Plácido, em 1700, de volta ao Glória. 'Sou de uma família católica e acho importante essa devoção. Todos os anos faço questão de estar aqui, renovando a fé em Nossa Senhora', contou o comerciante, que trouxe os filhos para garantir a tradição.
Às seis horas da manhã, quando teve início a missa celebrada pelo monsenhor Raimundo Possidônio, tanto a Praça Santuário quanto as ruas paralelas ao Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN) estavam tomadas de romeiros. A celebração durou uma hora e foi encerrada por dom Vicente Zico. 'Nesse momento, em que nos despedimos de nossa Mãe querida, queremos também agradecer pelo Círio maravilhoso que tivemos esse ano e pedir que Nossa Senhora continue nos abençoando até o Círio do ano que vem', pediu o arcebispo emérito de Belém.
Pontualmente às 7 horas da manhã, a caminhada com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré deixou a Praça Santuário rumo ao colégio Gentil Bittencourt, na avenida Magalhães Barata. Era o início de uma das procissões mais curtas e tranquilas do Círio.
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