domingo, 4 de outubro de 2009

No Hangar, vaias, protestos e 5 mil a ponto de explodir

Até um hora atrás, cerca de 1h3o desta madrugada, cerca de 5 mil pessoas estavam à beira – à beira mesmo – de um ataque de nervos no interior das dependências do majestoso Hangar – Centro de Convenções.
Os 5 mil aguardavam – mas à beira de um ataque de nervos – o início do show de Zeca Pagodinho (na caricatura).
Marcado para começar impreterivelmente às 23h30, o show ainda não se iniciara duas horas e meia depois, ou seja, à 1h30.
E haja nervos.
E haja irritação.
E haja vaias.
E haja protestos.
E haja espectadores batendo em retirada.
E haja espectadores cobrando a devolução do dinheiro – dos R$ 40 relativos ao ingresso e dos R$ 500, preço de uma mesa.
E haja espectador lesado ameaçando ir à polícia para registrar uma ocorrência.
Um fuzuê.
Um angu.
Um angu, quem sabe, do tamanho do angu do Pirão, quando ingressou no PMDB.
O show de Zeca Pagodinho marcaria o lançamento oficial do samba enredo da Escola de Samba Rancho Não Posso Me Amofiná.
O Hangar não foi escolhido por acaso.
É que, neste ano, a Escola do Jurunas escolheu justamente o Hangar como tema da apresentação para o carnaval de 2010, definido como “Dos delírios da ilusão ao centro de grandes encontros, o Hangar é a paixão que o Rancho vem cantar”.
O samba-enredo teve como vencedor Alcyr Guimarães, Harlley do Império, Haroldo do Cavalo e Xaxá.
Pois é.
E os responsáveis por esse fuzuê todo?
E os responsáveis pela barafafá?
Bem, se o show era do próprio Hangar, o responsável era o Hangar, por evidente.
E dona Joana Pessoa, a presidente do Hangar?
Estava lá, claro.
Como anfitriã perfeita, flanava – licença aí, Flanar – lá por seus camarotes, ao lado de seletíssimos convidados, todos muito descontraídos.
Mas a descontração, é bom que se diga, terminou quando começou.
Quando começou o quê?
Quando começou o ataque de nervos, quando começaram as vaias e os protestos contra o atraso de mais de duas horas para o início do show.
Aí, quando se olhava lá para cima, lá para o camarote de dona Joana Pessoa, não se via mais ninguém.
Nem Joana.
Nem Pessoa.
Nem pessoas.
Ninguém.
E lá embaixo, 5 mil à beira de um ataque de nervos.

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ATUALIZAÇÃO ÀS 03H20:

O show começou por volta de 1h45 da matina.
E durou não mais que um 1h30.
Um show curto, para um preço tão caro.
O atraso, segundo informado ao público, decorreu de problemas no som.
Ah, sim: o Hangar estava com ares de um pardieiro, de um campo de futebol de time da sétima divisão. Imundo. Nojento.
Uma pena.
Mas menos mal que houve o show e que o ataque de nervos não teve conseqüências.
Felizmente.

15 comentários:

Anônimo disse...

O QUE ATRAPALHA O LULA É O PT

Anônimo disse...

Esse tipo de festa no Hangar?
É a esculhambação em forma de fato!
Turismo que é bom, necas!

Anônimo disse...

CARO PAULO,
O RANCHO FICA LOCALIZADO NO BAIRRO DO JURURNAS.

ANTENOR

Poster disse...

Antenor, desculpa.
É mesmo!
Os jurunenses que também nos desculpem (rssss).
Está corrigido.
Abs.

Anônimo disse...

Realmente, o atraso do show do Zeca Pagodinho foi uma vergonha. Uma situação dessa á nível de Hangar é inadimissível. Como pode uma estrutura como Hangar falhar dessa forma? Sem falar que muitas pessoas acharam que O Zeca encurtou o show, pois só durou 1 hora e 20 minutos. Td bem que Zeca é Zeca e quando entrou no palco arrasou. A sorte dele é que as músicas dele são conhecidíssimas. Porque se fossemos depender do som pra entender o que ele falava, o show teria sido um fracasso.

Anônimo disse...

Eu estava lá.
Pior do que o atraso de quase três horas, de um som péssimo, foi, sem dúvida, a desorganização do evento. Nem parecia que estávamos no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, uma obra linda, de mais de 100 milhões de reais.
Minguém se apresentava, pelo menos, pra dar uma satisfação ao público, o maior, com ceretza, que o Hangar já teve.
Quem estava sentadinho nas mesas ainda podia esperar com um certo conforto e tomando uma gelada.
Bem melhor estava a poderosa Joana Pessoa e seus convidados da cúpula do governo petista Anajulista, desfilando nos camarotes pra cima e pra baixo, olhando de cima os que estavam no sereno lá em baixo.
Quem estava em pé, na galera como se diz, o povão mesmo, esse se ferrou.
Bagunça generalizada, desde pra se comprar uma água mineral, até ir fazer xixi no banheiro, com uma fila de deixar qualquer um se mijando pelo caminho. A das mulheres, então, nem se fala. As meninas ficavam enroscando as pernas pra não acontecer o pior. Mas o pior mesmo, meu amigo, foi a sujeira no salão: garrafas de vidro, latas, garrafas de plástico e sacos, muitos sacos de pacotes de cervejas e refrigerantes. Sem falar nuns baldes de plástico, daqueles bem fuleiras mesmo, que nem no Baenão ou mesmo na Curuzu se encontra mais. E sabe o que faziam com os baldes, vendidos nas barracas improvisadas no salão: enchiam de cerveja e gelo pra quem quisesse deixá-lo entre as pernas enquanto aguardava o show que nunca começava.
Foi triste, muito triste mesmo, pra não dizer outra cosia, o que presenciei no Hangar. Aquilo alí virou, literalmente, a casa d mão Joana.
Foi a primeira e última vez que fui alí pra assistir um show.
Um desrespeito com o cidadão, que pagou caro pra ver o que viu.
Ou não viu: depois de esperar em pé por três horas, já que a apresentação seria pontualmente às 23:30 horas, e presumindo um tumulto maior, já que começavam as primeiras brigas e confusões de quem queria o dinheiro de volta, não me restou outra alternativa a não ser voltar frustrado pra casa.

a) Roberto Pereira

Anônimo disse...

Este atrazo precisa ser esclarecido melhor, dizem que estava faltando o resto da cota do cantor. Sem pagamento não teria o show.

Anônimo disse...

Me admiro do povo - cinco mil pessoas - ainda perder tempo com zeca pagodinho. Ninguém merece.

Anônimo disse...

O som do Hangar é pessimo e todo mundo sabe...gilberto gil veio outro dia e ninguem entendia o que ele dizia. Jorge vercilo a mesma coisa....com toda a grana que rola nesses eventos não poderiamos (deveriamos?) ter um som melhor?
Só se salvou no Roberto Carlos, pois ele traz o som com ele! Este sim o maior e melhor show do hangar.

Anônimo disse...

péssimo é fazer uma festa dessas no Hangar!

Não faltará muito para algum governo providenciar uma reforma para gastar mais dinheiro público!

Anônimo disse...

O Hangar não é o melhor local para realização de shows em Belém, ou melhor não foi construído para tal finalidade. Sua acústica é péssima.

Anônimo disse...

Ei, gente o hangar concebido pelo PC não existe mais. O PT conseguiu destruir todo o trabalho primoro que foi feito por lá. Hoje o Hangar faz até bazer da pechincha e engorda a conta da Pessoa. e o Ministério Público finge que não vê.

Anônimo disse...

Estão acabando com o Hangar, tudo pra satisfazer o ego, a vaidade da Joana Pessoa e de seus apaziguados. O MInistério Público deveria agir. E rápido. Sabe quanto custou esse show? Saber queme está pagando: NOZESSSSSSSSSSSS

Unknown disse...

Concordo, a demora deixou todos irritados, acredito que até o próprio Zeca, a estrutura de som nem se fala, um desastre para prestigiar um cantor de tamnha importancia para o samba brasileiro.Agora às 01:25 (pelo menos no meu relógio), quando ele entrou no palco o hangar quase veio abaixo, mas desta vez de alegria...e o os reclamões...deixa a vida me levar!

Anônimo disse...

USEM MESMO ESSE LOCAL CARO PARE FAZER SHOWS!

ISSO! ACABEM LOGO COM ELE PARA PODER REFORMÁ-LO E GASTAR MILHÕES E MILHÕES PORQUE NÓS QUEREMOS GASTAR E GASTAR....

SE TIVESSEMOS UM MINISTÉRIO PÚBLICO ATUANTE, JAMAIS UM LOCAL DESSES SERVIRIA PARA EVENTOS QUE NÃO TIVESSEM RELAÇÃO DIRETA COM O TURISMO...

CADÊ A LEI AUTORIZANDO O HANGAR A RECEBER EVENTOS IGUAIS A ESSE? AH! NÃO PRECISA? É MESMO? REPITO: É UMA PENA NÃO TER UM MINISTÉRIO PÚBLICO ATUANTE!!!!!