Há um grande mal-estar no PMDB.
O PMDB, é claro, vai dizer que não.
Mas há.
E a prova são imagens.
Ou imagem.
Imagem como a que o Diário do Pará, o jornal do presidente do PMDB, deputado federal Jader Barbalho, estampou em sua edição de domingo último e que o blog registrou com destaque.
A imagem, que o blog repete, está acima.
Refere-se à festança de filiação de Zeca Pirão no PMDB.
Uma festa que reuniu várias lideranças – Jader, a deputada federal Elcione Barbalho e seu filho, o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho -, menos José Priante.
Priante se sente traído
Priante não pode ser considerado um ninguém ou um a mais, no PMDB.
É peemedebista histórico.
Tem longa trajetória política – de vereador a deputado federal.
Já foi candidato ao governo do Estado e a prefeito de Belém.
E atualmente é ninguém menos que o presidente do Diretório Municipal do PMDB em Belém.
Por que Priante não foi à festa de Pirão?
Por que desse pirão festivo Priante não provou?
Porque Priante se sente traído.
Sente-se traído por Pirão e algumas outras lideranças de seu partido.
Sente-se traído porque Pirão foi seu companheiro de chapa, na campanha do ano passado para prefeito de Belém.
Priante havia articulado a entrada de Pirão no PMDB, para que ambos fizessem uma dobradinha em 2010: Pirão para deputado estadual, Priante para deputado federal.
Helder e Elcione na horta de Priante
Eis que chegam à horta de Priante o prefeito Helder Barbalho e sua mãe, a deputada Elcione Barbalho.
Chegaram à horta de Priante e seduziram Pirão, que entrou no PMDB pelas mãos dos dois – Helder e Elcione.
E nessas condições, Pirão está, como se diz, apalavrado a apoiar a candidatura de Elcione à reeleição para a Câmara dos Deputados, em 2010.
Até Jader, o comandante-em-chefe do PMDB, está constrangido com a situação.
Não foi ele quem fez o convite a Pirão.
Foram Helder e Elcione.
Pirão aceitou.
E Jader não teve saída, claro, senão homologar o ingresso de Pirão.
Por isso é que Priante não apareceu na festa de Pirão.
Uma ausência que é a expressão do mal-estar que domina o partido.
Uma ausência reveladora de que Pirão no PMDB é sinal de angu no PMDB.
O estilo Helder de ser
O ingresso de Pirão no PMDB, se já não servisse por si mesmo para revelar a extensão do angu em que o partido se meteu, confirma emblematicamente o estilo Helder de ser, o estilo Helder de fazer política.
O estilo Helder de ser, o estilo Helder de fazer política conjuga-se por meio de um verbo – um e apenas um: atropelar.
A reclamação contra o prefeito de Ananindeua e seu estilo de ser e de fazer política dissemina-se entre os peemedebistas, que se incomodam com isso tanto quanto se incomodariam em digerir um pirão fervente.
Não um, nem dois, nem três, mas vários peemedebistas, em vários pontos do Estado, têm registrado sua contrariedade quando se dão conta de que Helder cooptou pessoas que antes apoiavam outras lideranças, mas que passam a apoiar Elcione, por empenho pessoal de Helder.
“Ele realmente tem atropelado ultimamente”, disse uma fonte peemedebista ouvida pelo blog.
“Não é a primeira vez que ele faz isso”, emendou um outro, referindo-se especificamente ao episódio do ingresso de Zeca Pirão no partido.
Jader tem ficado em saia-justa
E Jader, o comandante-em-chefe do PMDB, como é que fica?
Fica numa saia-justa.
Está numa saia-justa.
Porque ao componente político mistura-se o componente pessoal.
Elcione é ex-mulher de Jader.
Disputa – ou pelo menos disputou, até a eleição de 2006 –uma vaga à Câmara, muito embora as faixas do eleitorado em que ela e o ex-marido correm sejam distintas.
Jader é pai de Helder.
É evidente que, diante das reclamações contra o filho, Jader passa a administrar questões de ordem política que também se somam a componentes de ordem pessoal.
Resta saber até quando os componentes de natureza pessoal não serão capazes de entornar o pirão no PMDB.
Ou entornar o angu.
5 comentários:
Esse é o estilo de Helder. Chama os prefeitos, tenta falar igual ao seu pai e diz que é "ordem" apoiar Elcione.
Em 2006 fez isso.
Agora, arrogantemente, faz isso com José Priante, que levou o nome do PMDB as alturas nas últimas eleições.
Helder, arrogante e boçal, cria uma celeuma dentro da legenda.
É tão bom político que quase perde para Pioneiro em Ananindeua. Se não desse um jeitinho eleitoreiro na parada, tinha levado a breca.
A sorte é que nenhum prefeito suporta sua arrogancia e prepotencia.
Seu pai é adorado mas ele é enganado.
Nunca vai ser liderança!!!
Sei que o comentario não tem nada relacionado com o assunto aqui do poster.Mais deve torna-se publico.
Cobre uma postura do titular da SEFA.Essa situação alem de ilegal e imoral.
A SEFA vem ganhando ate mesmo os Tribunais no criterio nepotismo.
O negocio esta escancarado lá mesmo.Para vc ter ideia da dimensão dessa situação na SEFA,as pessoas que são as gerentes das seções responsaveis pelas contratações de pessoal, inclusive tercerizados(FADESP) ,contratão parentes e aderantes seus sem o minimo constrangimento.Elas não tem nem lembrança desse tal nepotismo.
Cito aqui os casos mais visiveis e diretos de nepotismo existentes por lá.
Natalie Franco,coordenadora da célula de gestão do atendimento e qualidade-DTI ,gestora responsavel pela gerencia nas contratações de pessoal tercerizados(FADESP).Adimitiu a propria irmã Nayrama Bastos Franco,Nayrama é a segunda pessoa no Centro de Processamento e Pesquisa de Notas Fiscais- CPPNF,gerencia vinculada a célula de gestão chefiada por Natalie Franco.
Simone cruz da Silva,gerente do Centro de Processamento e Pesquisa de Notas Fiscais-CPPNF,segunda pessoa junto a célula de gestão na gerencia de contratação de pessoal tercerizado,conseguiu contratar o proprio marido,Francisco João Caricchio(Fadesp),Priscila Carneiro dos Santos(FADESP) sua prima e secretária de Natalie Franco,Carla Cruz Amaral(FADESP)irmã.
O interessante nisso tudo é que a corregedoria da SEFA não ver nada disso.
Quer dizer que além do tamanho dos quadris, o Helder tem outra semelhança com o Puty?
Alguem tem duvida que quem levou o Priante pro segundo turno foi o Pirão?
Ante a polemica levantada, resolvi me posicionar acerca da minha entrada no PMDB.
Em primeiro lugar, quero esclarecer que minha entrada no partido faz parte de uma construção iniciada logo após a eleição do ano passado pelo Deputado Jader Barbalho, e que contou com a participação decisiva de diversas lideranças do PMDB, como por exemplo, o Priante, o Helder e a Elcione.
Em segundo lugar, devo dizer que o convite de minha festa de filiação foi entregue no escritório do Priante com 1 (uma) semana de antecedência, no mesmo dia que foram entregues os convites das demais autoridades convidadas, pois a definição da data dependia da agenda do Jader, que foi o abonador da minha ficha.
Fui informado por ele (Priante) que só tomou conhecimento na véspera, pois estava em viagem há 10 dias pelo interior do estado. Ele me disse ainda que não poderia comparecer pois, já tinha um compromisso marcado anteriormente.
Tenho pelo Priante um apreço muito grande, pois aprendi muito com a convivência durante meses de campanha política, assim como tenho a certeza que dei o meu máximo para atingirmos o êxito na nossa empreitada.
Em relação a Elcione, tenho uma relação de admiração mutua, do tempo em que ela foi vereadora e pudemos nos conhecer melhor. Admiro sua trajetória e suas conquistas.
Essas são as verdades, todo o resto é mera especulação de quem quer ver o “circo pegar fogo”.
Obrigado,
Zeca Pirão
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