quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DEM está liberado para fazer alianças. Até com o PT.

A direção nacional do Democratas (DEM) deu uma mexida – ainda imperceptível, mas mexida, de qualquer forma – no tabuleiro.
E a mexida terá repercussão nacional.
Terá, não; já está tendo.
A direção nacional do DEM já liberou os diretórios regionais em todo o País para que façam aliança nos Estados como melhor convier aos interesses e às possibilidades eleitorais de cada um. Em resumo: o DEM, em todos os Estados, está liberado para fazer aliança com quem bem entender.
Até com o PT?
Até com o PT.
Até com o PMDB?
Até com o PMDB.
No caso do Pará, até com o PMDB de Jader Barbalho?
Claro, até com o PMDB de Jader Barbalho.
Aliás, para quem acha uma heresia uma aliança entre DEM e PT, lembrem-se do exemplo de Nova Iguaçu (RJ).
Lá, no segundo turno da eleição de 2004, o petista Lindberg Farias recebeu o apoio de ninguém mais, ninguém menos que o então prefeito César Maia (DEM). E tanto é assim que Lindberg até chegou a entregar uma de suas secretarias a um democrata.
O certo é que esse novo cenário, decorrente da decisão do DEM nacional, pode aparecer um terceira noiva no jogo de xadrez que antecede as eleições de 2010.
Por enquanto, vocês sabem, os noivos são o próprio Jader e Sua Excelência o "dotô" Duciomar, o Duciomar Costa, prefeito desta desgovernada Belém.
Pois é.
Com a deliberação do DEM nacional, Valéria Pires Franco, ex-governadora e ex-candidata a prefeito de Belém na eleição do ano passado, desponta como mais uma noiva.
Ela cabe, por exemplo, num altar com o PMDB.
Na eventualidade de Jader sair candidato ao governo do Estado, Valéria subiria ao altar de uma hipotética aliança PMDB-DEM como candidata ao Senado.
Mas é preciso esperar.
Jader, por enquanto, continua cortejado pelo PMDB e outros partidos.
Assim como é cortejado, Jader corteja.
E sedutoramente faz acenos de paz a todo mundo.
Noivas?
Já temos três: Jader, Duciomar - o cara de sorte que só fica preso em engarrafamento - e Valéria.
Quem será a próxima noiva?

Um comentário:

Anônimo disse...

Talvez, digo apenas, talvez, a aliança com PMDB seja mais difícil no Pará, por um fator importante: Jader está cada vez mais, digamos, voltado a se candidatar mesmo a Deputado Federal, apesar de, numa análise superficial, parecer improvável. Já se falou muito da questão da imunidade parlamentar. Isso, tanto o senado como a câmara federal lhe garantem. E e por isso, a dúvida de ir para o governo. No entanto, não é a única razão para não tentar o governo. Há outra, muito forte. No senado, a maré de votos de Jader serve apenas para Jader. Na câmara federal, essa maré de votos serve para Jader e para mais dois ou três deputados federais, mantendo-se ou aumentando o números de cadeiras do PMDB. Jader e o PMDB pensam muito nisso, muito, porque rejeitam a diminuição das cadeiras do PMDB. Isso é real.
abs