terça-feira, 15 de setembro de 2009

PM acha cadáver em cova rasa no Utinga

No AMAZÔNIA:

O corpo de um homem de aproximadamente 25 anos, de identidade ainda desconhecida, foi encontrado em avançado estado de putrefação em um terreno localizado na esquina da passagem Ana Deusa com a avenida João Paulo II, no bairro do Curió-Utinga, ao final da manhã de ontem. A vítima estava enterrada. Moradores da área acionaram a polícia após, atraídos pelo mau cheiro, entrar na propriedade e avistar um dos dedos do pé direito do cadáver que não foi coberto pelo amontoado de terra. A área fica vizinha a um conjunto de quartos alugados, local onde a vítima possivelmente residia. Ainda não há pistas sobre os autores do crime, tampouco evidências de que tipo de ferimentos teriam ceifado a vida da vítima.
Como de praxe, a 'lei do silêncio', que impera em áreas violentas do Estado, fez com que mesmo os policiais militares da 10ª Zona de Policiamento (Zpol) enviados para fazer a segurança do local não tivessem nenhuma informação contundente sobre o crime. A versão que circulava informalmente, entretanto, dava a entender que o homicídio teria ocorrido no sábado dentro do quarto em que a vítima residia, cujo acesso era pela passagem Ana Deusa, na esquina com a João Paulo II. Os fundos do cômodo alugado davam para o terreno.
Segundo vizinhos, o homem morava há menos de um mês no quarto e provavelmente foi morto lá dentro e arrastado para o terreno em seguida. Ninguém, no entanto, disse ter ouvido gritos ou disparos em toda a vizinhança. O cadáver só foi descoberto porque um vizinho, preocupado com o fedor que se espalhava em uma vila próxima, foi ao terreno e descobriu o corpo semi-enterrado: apenas um dos dedos do pé da vítima estava descoberto. O resto do corpo, já em avançado estado de decomposição, estava enterrado sob uma fina camada de terra.
Dezenas de curiosos se aglomeraram na área de ocupação para observar o cadáver. Em uma revista preliminar, a PM encontrou um pedaço de tapete manchado de sangue no terreno, perto da 'cova' em que a vítima fora enterrada. O desenho era igual ao do tapete que havia dentro do quarto que tinha acesso pelo terreno.
'Esse cara morava nesse quarto e foi arrastado para o terreno depois de ser morto lá dentro. É o mais provável, mas só a perícia poderá confirmar', disse um PM. Uma equipe do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves compareceu ao local para fazer a remoção do cadáver, horas depois.

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