No time da Casa Civil, não basta ser bom jogador

Sua Excelência o doutor Cláudio Puty, o todo-poderoso chefe da Casa Civil e pré-candidato a deputado federal, que nas horas vagas tem se transformado no condestável do ProJovem, tem escolhido a dedo aqueles que entram para jogar no seu time.
O critério para o ingresso, ressalte-se logo, não é tanto que o jogador seja bom.
O critério básico, essencial, a condição sine qua non – vamos logo render-nos ao latinório – é de que o jogador revele inequívocas demonstrações de que vai aderir de corpo, alma e coração à pré-campanha de Puty à Câmara Federal.
Tome-se como exemplo um caso emblemático.
O coordenador do ProJovem Urbano, Ari de Souza Loureiro, indicado pelo próprio Puty e seu amigo de academia, foi afastado da coordenação do Projeto Conexão de Saberes, do Centro de Educação da UFPA.
Os motivos pelos quais Loureiro foi afastado estão meio nebulosos. Ao blog foi oferecida uma versão. Como não foi possível checá-la, convém que não sejam nem divulgada.
Mas isso é não é tão essencial nesta história.
O essencial é que Loureiro foi afastado.
Para o lugar dele, Puty foi atrás de da ex-adjunta da Secretaria de Cultura (Secult), Nádia Brasil, tida como muito competente.
Quando soube, todavia, da recusa de Nádia em apoiar a candidatura dele a federal, Puty emudeceu.
E Nádia não mais recebeu qualquer telefonema da Casa Civil e muito menos do doutor Puty.
Ou seja, foi descartada.
É assim que funcionado.
É assim que tem funcionado.

ATUALIZAÇÃO ÀS 11H52:

Confirma-se que Ari não chegou a ser afastado da função de coordenador do ProJovem Urbano.
Seria substituído por Nádia Brasil.
Como a mudança não se consumou, ele ficou lá.