terça-feira, 18 de novembro de 2008

Odair acompanha a visita de parlamentares à CPH

O governador em exercício, Odair Corrêa, vai acompanhar hoje à tarde, a partir das 16h, a visita da Frente Parlamentar Pró-Hidrovias e Portos do Pará à CPH (Companhia de Portos e Hidrovias do Pará). Na pauta, troca de informações acerca dos projetos das hidrovias do Tapajós, Marajó, Tocantins/Araguaia e Guamá/Capim, além das eclusas de Tucuruí e terminais fluviais de cargas e passageiros na capital e interior.
Uma sessão especial será proposta pela Frente Parlamentar, na Assembléia Legislativa, para que o consórcio integrado pela empresa paranaense de máquinas agrícolas Montana, produtora de grãos Vanguarda, de Mato Grosso, e transportadora Bertolini explique o projeto desenvolvido para implantação e operação da Hidrovia Tapajós/Teles Pires/Juruena, já apresentado à Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ.
A Frente Parlamentar considera fundamental que o Estado participe de qualquer decisão que diga respeito aos seus projetos estratégicos, e que seja ouvida a população diretamente interessada. Além disso, a proposta da Frente é trabalhar em sintonia com os órgãos públicos federais, estaduais e municipais do setor hidroviário e portuário, de modo a reforçar a luta pela navegabilidade plena dos rios paraenses e garantir o aproveitamento adequado do potencial logístico hidroviário, promovendo o desenvolvimento econômico social, sem descuidar da proteção ambiental.
Há décadas a iniciativa privada vem manifestando interesse em operar a hidrovia do Tapajós que, em funcionamento, significará economia de um bilhão de reais por ano, que vão ficar no bolso do produtor em razão dos custos mais baixos desse modal de transporte. A EcoBr Engenharia Ambiental, consultoria contratada pelo consórcio, estima que o custo das obras gira em torno de 200 milhões de dólares. Há sete projetos hidrelétricos na região do Tapajós com chances reais de saírem do papel, e o ideal é que a hidrovia seja implantada antes da construção da primeira usina.
"Investir em hidrovias também é investir em meio ambiente", prega o deputado Luis Cunha, presidente da Frente Parlamentar Pró-Hidrovias e Portos do Pará . "Isto porque não é necessário desmatar para construir 2.202 quilômetros de hidrovia. Já para construir 2.010 quilômetros de ferrovia, desmatam-se 77 milhões de metros quadrados. E para implantar 2.500 quilômetros de rodovia, a área desmatada chega a 100 milhões de metros quadrados. Com investimentos em hidrovia, dá para reduzir os conflitos agrários, a ocupação desordenada, a exploração predatória e o desmatamento", arremata.
No percurso pela Hidrovia Tapajós/Teles Pires, as despesas portuárias médias chegam a 5 dólares por tonelada, mesmo valor no percurso por rodovia, diz o parlamentar, explicando que a diferença está no valor do frete até o porto. Pela hidrovia, esse valor é estimado em 27 dólares. Pela rodovia, US$ 120. O total de despesas de transporte no percurso Sinop/Santarém, pela Tapajós-Teles Pires, seria de US$ 32, por exemplo. Isso gera um reflexo do frete de 8,8% na renda do produtor. No outro percurso, utilizando a rodovia, o valor ficaria em US$ 125, com reflexo de 34,7% na renda do produtor.

Fonte: Consultoria da Frente Parlamentar Pró-Hidrovias e Portos

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