“Há risco de mais pânico mundial ainda”, avisa Armínio

Armínio Fraga, economista e ex-presidente do Banco Central, está agora em audiência na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
O assunto, claro, é a crise.
E o que Armínio diz não é nada animador.
“O momento é ruim. Será uma recessão prolongada. A China, por exemplo, deve ter crescimento de apenas 6% e não de 12%. O Brasil deve ser um crescimento de 2 a 3% e não de 6%. Isso, certamente, não vai ser uma sensação boa", disse Fraga.
Ele também comentou alguns problemas que não serão logo superados. "A volatilidade do mercado vai continuar. Essa oscilação, para cima e para baixo da bolsa, vai continuar. Há risco de mais pânico mundial ainda. Existem compartimentos da economia que ainda não foram atingidos, mas que podem ser. A perda de eficiência do mercado também é algo certo", avisou o ex-presidente do BC.
Para ele, o fundamental agora é ter uma direção de médio e longo prazo. Mas, o mundo, os países estão adotando uma diretriz de tentar “apagar logo o incêndio”. Esse não é o caminho, acha Fraga.
A eleição e o trabalho do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, talvez represente uma mudança, pelo discurso dele. Mas é preciso, alertou o economista, cobrar e ser aplicada uma visão de longo prazo para essa crise. “O modelo de auto-regulação do mercado não é o ideal. O olho do governo nisso é importante, desde que ele tenha força para mexer em algo, se for preciso”, completou.
A audiência está sendo transmitida pela TV Senado, mas quem passou as informações para o blog foi eficiente jornalista que, para não perder o vício, exerce a função de repórter todo dia, o dia inteiro, mesmo atuando agora em assessoria de Imprensa.
E tem exercido as funções – de repórter e assessor - com louvor.