quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Fazendeiro nega ser dono de terra que motivou execução

No AMAZÔNIA:

Durante depoimento realizado ontem na sede da delegacia da Polícia Federal em Altamira, no sudeste paraense, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang, negou que tenha qualquer envolvimento com a comercialização das terras do lote 55, da Gleba Pacajá, no município de Anapu, onde a missionária foi assassinada em fevereiro de 2005. O depoimento dele aconteceu a portas fechadas e, nem o acusado, nem a polícia quiseram repassar informações à imprensa.
Foram quase cinco horas de depoimento à delegada Daniela Soares de Araújo. Ao final, a policial disse que não podia passar informações sobre o caso, pois o inquérito é sigiloso. Regivaldo Galvão pediu à polícia que deixasse que ele saísse pela porta dos fundos da delegacia porque queria ter sua imagem preservada. Assim, saiu sem dar qualquer declaração à imprensa.
O único que atendeu os jornalistas foi o Procurador da República, Alan Mansur, que informou que Regivaldo Galvão negou que tenha tentado comercializar as terras do lote 55 da Gleba Pacajá. Ele informou ainda que o fazendeiro se comprometeu em apresentar documentos que possam comprovar sua versão.
Alan Mansur também disse que outras pessoas serão intimadas para esclarecer a situação de grilagem de terras públicas.
Ontem, ao chegar à delegacia, Regivaldo disse que apresentará documentos à PF, sem informar o conteúdo deles, e negou ser dono do lote 55. 'A terra não me pertence, é mais uma mentira divulgada', disse o fazendeiro.

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