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| Celso Sabino: idas e vindas do União Brasil são um caso emblemático do surrealismo na política |
O deputado federal Celso Sabino (sem partido) debruça-se em reflexões sobre proposta que lhe fez o União Brasil, seu partido até o início deste mês, quando foi expulso após recusar-se a deixar o governo Lula, no qual ocupou o Ministério do Turismo até esta quarta-feira (17).
Agora, o União está disposto a readmitir o ex-ministro a seus quadros, garantindo-lhe o comando da legenda no Pará. Mas com uma simplória e singela condição: que Sabino abra mão de disputar o Senado, como é sua intenção fazê-lo por legenda ainda indefinida, mas com apoio do governador Helder Barbalho.
Quem acaba de informar há pouco sobre a proposta formulada ao ex-ministro do Turismo é o repórter Valdo Cruz, no programa Conexão GloboNews.
A situação política de Sabino tornou-se um caso emblemático de que o mundo da política, se por si é imprevisível, é certo, certíssimo que o mundo da política, no Brasil, chega a ser absolutamente surrealista.
Como já dito, o União Brasil, que deixou a base governista, expulsou Sabino por avaliar como infidelidade partidária o fato de o deputado manter-se no Ministério do Turismo do governo Lula.
Mas eis que, agora, o União Brasil costura seu retorno à base governista, mas quer retomar o filão, ou melhor, o Ministério do Turismo, que já foi seu. E já tem candidato ao posto.
Quem?
Gustavo Feliciano, que é filho do deputado federal Damião Feliciano (PB).
Qual o partido de Damião?
O União Brasil.
O mesmíssimo que expulsou Sabino por recusar-se a sair do Ministério do Lula.
E o mesmíssimo que, agora, talvez num inusual mea culpa, quer voltar à base governista e está propondo refiliar Celso Sabino.
Isso é política, seus estúpidos!
Isso é política.

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