No AMAZÔNIA:
O julgamento de André Barbosa, acusado dos assassinatos de três meninos no matagal da Ceasa, só deverá ser encerrado hoje, quando ele será ouvido, vídeos serão mostrados e os advogados farão suas defesas.
Ontem, policiais que trabalharam no caso sustentaram que as provas são suficientes para a condenação.
Os delegados e dois investigadores civis foram algumas das testemunhas ouvidas. Todos participaram das investigações que acabaram indiciando André.
Duas questões foram levantadas: se as técnicas utilizadas para obter a confissão do acusado foram legais e se somente as provas juntadas na investigação foram suficientes para identificar o criminoso.
O delegado Paulo Tamer disse a confissão foi obtida em depoimento totalmente registrado em DVD. Para ele, as palavras do acusado foram importantes porque revelaram detalhes do modo como as mortes se deram.
Segundo Tamer, os indícios, somados a esses detalhes, permitiram identificar semelhanças na forma de agir do criminoso.
Somente a primeira morte, de José Raimundo, foi apontada como diferente porque ele teve a cabeça e os órgãos genitais cortados. Os demais foram estrangulados.
Mesmo assim, o delegado afirmou que todos os casos se interligam pelo local onde foram encontrados, pela escola e lan house que os meninos frequentavam.
'A forma de conquista é a mesma, de levar para a Ceasa é a mesma', reforçou ao sustentar que a violência no primeiro caso foi maior, talvez porque o acusado tinha raiva do adolescente, que desligava a tomada do computador que ele usava.
O investigador Rui Santos acrescentou que o nó dado na corda usada para estrangular as vítimas era igual ao identificado na corda que amarrava o estrado da cama do réu. E, ainda, que o acusado sabia técnicas militares para imobilização.
Com relação aos outros suspeitos, o delegado descartou todos. Um, identificado como Welington, teria mentido em diversos momentos, mas acabou fornecendo informações que ajudaram na investigação, revelou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário