terça-feira, 15 de abril de 2008

A prostituição em troca de óleo combustível

Não é novidade a denúncia apresentada por Dom José Luiz Azcona, 68 anos, bispo do Marajó, sobre prostituição infantil e outras formas de opressão e exploração naquela região.
Diz Dom José que "que num dos rios da região de Breves e Melgaço meninos e meninas de 12 a 16 anos aproveitam o percurso das balsas para subir nas embarcações e se prostituir em troca de carne ou óleo de cozinha."
Mas há um detalhe que o bispo do Marajó se esqueceu de mencionar.
Segundo reportagem publicada em novembro de 2006 por O Estado doTapajós, as meninas se prostituem também em troca de óleo combustível, que os marítimos desviam dos tambores das embarcações.
A foto de Cadu Gomes, do Correio Braziliense, denuncia a presença de três meninas abordando um desses 'empurradores' de balsas.
Muitos desses comboios partem de Santarém em direção a Belém.
As meninas revendem o óleo para proprietários de pequenos barcos ou bajaras de pescadores de localidades próximas de onde moram com os pais.

Clique aqui, para ver com foto.

5 comentários:

Anônimo disse...

Falar em foto, que tal uma foto do blogueiro para a gente ver quem escreve estes textos tão bacanas? Cabe colocar junto o nome deste grande jornalista, cujo texto podemos agora admirar todos os dias.

anamarcia

Poster disse...

Grande Ana Márcia,
Você é uma pessoa generosa. E tanto é assim que é capaz de acreditar que uma foto do blogueiro não seria capaz de afugentar leitores (rssssss). Se publicasse sua foto, o blogueiro teria que passar dias seguidos publicando fotos de gente mais simpática, para atrair os leitores de volta.
De qualquer forma, fica anotada a sua sugestão.
Grande abraço, e volte sempre. Mesmo se a foto do bloqueiro.

Anônimo disse...

DESPREPARADOS E SINÔNIMOS
Essa turma que integra a Secretaria de Direitos Humanos são isso tanto no discurso quanto na prática. Será que o governo não enxerga que eles fazem muito mal à imagem do governo...Será que as necessidades sociais tem menos importância que outros inconfessáveis interesses desses membros? O governo está se deixando queimar gratuitamente, em primeiro lugar, pela despreparo evidente dos integrantes da Secretaria dos Direitos Humanos.

Anônimo disse...

Oi, Paulo!Deixa de ser modesto! Publica a foto e o nome aí, vai! rsrsrs... No que diz respeito ao post: na época em que foram realizadas as audiências públicas para debater o EIA/Rima da Hidrovia do Marajó, eu estava na comitiva que percorreu o arquipélago, a bordo da chatinha Imediato Carepa (onde está? Alguém viu?). Vi muitas vezes, com o coração apertado, as menininhas se oferecendo em troca de comida, qualquer coisa. Era de doer, testemunhar o abandono, a extrema miséria humana, naquela paisagem exuberante. No navio estavam várias autoridades, inclusive do Ministério Público Estadual e Federal (da Sub-Procuradoria de Brasília, nenhum daqui, devo registrar), que também cansaram de assistir às deprimentes cenas. Mas todos pareciam mais interessados em proteger botos, peixes e passarinhos. Tanto que ninguém fez algo.

Poster disse...

Olá, Franssi.
A ausência da foto não é questão de modéstia, não. E de assepsia. É para preservar a assepsia de imagem do blog (rssss). Uma foto como a que vocês querem aqui sujaria tudo.
Mas olha, vou postar esse seu comentário-testemunho sobre as adolescentes. Sinceramente, Franssi, isso é uma coisa pavorosa. Tenebrosa. Uma tristeza. Será que nem o bispo vão ouvir?
Abs.