terça-feira, 15 de abril de 2008

À polícia pai disse que mulher passava por uma fase difícil

Na FOLHA DE S.PAULO:

Um dia após o assassinato da filha Isabella Nardoni, o pai da menina, Alexandre, disse à Polícia Civil de São Paulo, durante depoimento, que a mulher dele Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, estava passando por uma fase difícil por conta do choro do filho de 11 meses e que, por orientação médica, ela estava usando medicamentos.
Essa informação consta do depoimento ao qual a reportagem teve acesso, assim como boa parte do inquérito policial.
Segundo Nardoni disse à polícia, Anna Jatobá não conseguia dormir por conta do choro do filho e procurara uma médica, que lhe receitara dois remédios. Nardoni relatou que apenas um dos medicamentos prescritos foi comprado. Um deles, de acordo com o pai de Isabella, era o "Lexopran", que não consta no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Um medicamento de nome similar é o Lexapro, indicado para tratar depressão e transtornos do pânico e de ansiedade, segundo informações da Anvisa. Outro remédio de denominação parecida é o Lexotan, tranqüilizante indicado para ansiedade e agitação associadas a problemas psiquiátricos, como transtornos do humor e esquizofrenia.
Anna Jatobá afirmou à polícia que procurou um clínico-geral "há algum tempo" porque estava muito "chorosa". Segundo a madrasta de Isabella, a médica chegou a receitar um medicamento cujo o nome ela não se lembra.
No depoimento da madrasta Anna Carolina, consta que ela teve muitos desentendimentos com a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, 24, devido a ciúmes. "Algum tempo atrás, a situação se resolveu porque seu filho, de 3 anos, passou a estudar na mesma escola que Isabella", diz o depoimento.
Nardoni relatou à polícia que o último desentendimento que tivera com a mulher foi na semana anterior à da morte de Isabella. "Apenas em uma das brigas do casal ocorreu agressão física, chegando Anna a dar-lhe um tapa no braço", diz o depoimento.
Sobre o marido, revelou à polícia que Nardoni era "calmo até demais" e "que não gosta de discussões". Disse que ele era "muito presente, amável com Isabella". Ela admitiu à polícia que o marido já "deu palmadas" no filho Pietro em razão de suas "peraltices".

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