Em O ESTADO DE S.PAULO:
O resultado da quebra de sigilo telefônico do apartamento do casal Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, revela que em nenhum momento o pai e a madrasta de Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, chamaram o Corpo de Bombeiros para socorrer a menina, que caíra do 6º andar do Edifício Residencial London, na Vila Isolina Mazzei, zona norte de São Paulo. Diante de novos indícios e do depoimento de duas testemunhas, a Polícia Civil acredita ter esclarecido 99% do caso, restando apenas a conclusão dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML) e a coleta de mais provas materiais.
Ontem, investigadores do 9º Distrito Policial (Carandiru) passaram o dia confrontando os registros das chamadas feitas a partir do telefone fixo da residência do casal com as ligações recebidas pelo Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom), na noite do dia 29 de março. As gravações do Cobom também não registram ligações de celular de nenhum dos dois.
O primeiro pedido de socorro foi às 23h49m59. O professor Antonio Lúcio Teixeira, de 61 anos, morador do apartamento 12, dizia que uma criança havia caído do prédio. Cerca de 30 segundos depois, às 23h50m32, alguém de dentro do apartamento dos Nardonis telefonou para o celular de Alexandre José Peixoto Jatobá, pai de Anna Carolina. O diálogo durou 32 segundos.
A ligação seguinte, feita às 23h51m09, foi para a casa do pai de Alexandre, o advogado Antônio Nardoni. A chamada levou 29 segundos. “É no mínimo estranho que o casal tenha visto a criança caída lá embaixo e não tenha sequer tentado ligar para o serviço de resgate”, disse um policial que investiga o caso. “No momento em que eles falavam com seus pais, o morador do apartamento 12 estava falando com os bombeiros, ou seja: o casal não tinha como saber que alguém já tinha feito o pedido de socorro e também não se preocupou em fazê-lo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário