No AMAZÔNIA:
Morar no bairro de Nazaré, um dos mais nobres e caros da cidade, não faz bem para o ouvido. É o que afirma a pesquisadora Elcione Lobato, responsável desde 2002 pelo Mapa Acústico da Cidade de Belém. A pesquisa, realizada pela Universidade da Amazônia (Unama) em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) e a Ctbel, identificou os pontos onde os níveis de ruído prejudicam a saúde auditiva das pessoas. 'Durante todo o dia, o nível de ruído em Nazaré, por exemplo, ultrapassa os que a Organização Mundial da Saúde considera como aceitáveis, entre 50 e 55 decibéis. Aqui, registramos normalmente de 60 a 70 decibéis (db), chegando a ultrapassar os 80db nos horários de pico de tráfego, como entre 12h e 14h, e entre 18h e 20h. Isso é altamente prejudicial à saúde dos moradores e das pessoas que trabalham por aqui'. A atualização do mapa, que teve sua primeira edição apresentada em 2004, deve ser divulgada até junho deste ano, e revelar um aumento considerável dos níveis de ruído, de acordo com a pesquisadora.
A perda de audição parcial ou total é a principal conseqüência da exposição prolongada ao barulho. De acordo com Elcione, o nível de ruído detectado no bairro de Nazaré, e confirmado ontem na ação da Semma de combate ao ruído, pode causar, além da surdez, problemas como estresse, dores de cabeça, náuseas e até a impotência sexual. 'A OMS recomenda um nível de 50 a 55 decibéis, para que o barulho não comece a causar danos ao aparelho auditivo', avalia a pesquisadora.
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5 comentários:
Os ônibus é que fazem o caos.
Depois da 14 de março a nazaré não fica engarrafada e a CTBEL, essa empresa competentíssima, nunca se deu ao trabalho de investigar o porquê.
Há uma enormidade de ônibus que vem da Gentil e ingressam na quintino e depois na nazaré para, em seguida, chegar à 14 de março ou seguir em frente pela Magalhães Barata. Por que não seguem direto na gentil para dobrar na 14? Evitaria-se passar pelo local onde existem dois grandes colégios. Se o passageiro quiser chegar a Nazaré poderá soltar na gentil e andar dois quarteirões. Se forem alunos desses colégios, andarão só um, pequeno, porque ambos tem entrada pela Braz.
Se não puderem entrar pela 14, há ainda outras ruas para que possam acessar a Magalhães Barata,tal como a 9 e a 14 de abril ou a três de maio que pode ter a mão invertida para isso.
Como visto, há soluções simples que se adotadas melhorarão em muito o trânsito e o barulho.
O que não podemos ficar assistindo é inércia da prefeitura, que parece se render aos encantos dos empresários de ônibus de Belém, que sequer são capazes de contratar motoristas equilibrados para dirigir esse necessário meio de transporte público.
Pois é Anônimo,
Há soluções simples para muita coisa. Mas o prefeito só quer saber de "obras estruturantes".
Vou postar você na ribalta, na tarde desta quinta.
Abs.
Nazaré, o mais barulhento?
Chega a ser cômico o resultado do Mapa Acústico da Cidade de Belém, publicado nos principais jornais, que apontou o bairro de Nazaré como o mais barulhento da capital paraense. A avaliação se restringiu aos decibéis produzidos pelo trânsito, numa cidade com múltiplas fontes de ruídos: aparelhagens, bares, vizinhos barulhentos, carros de som, micaretas e inúmeras outras formas de poluição sonora, que castigam especialmente os moradores da periferia. Garanto que uma festa de aparelhagem produz sons muito mais perturbadores do que o trânsito de uma avenida. Sendo que o barulho do trânsito em Nazaré se limita à hora do rush, enquanto os treme-terras da periferia varam a madrugada atrapalhando o descanso de milhares de trabalhadores.
Não pretendo desqualificar a pesquisa, pois é um instrumento que explicita o problema e aponta soluções. Só acho que a questão merece o direcionamento correto, de forma crítica e imparcial, mostrando o problema onde ele realmente está. Ou será que o trânsito da avenida Nazaré ao meio-dia é mais irritante que uma festa de aparelhagem no bairro do Jurunas à meia-noite?
A avaliação pecou ainda por registrar a intensidade do som em nível térreo, desconsiderando o fato de que a maioria dos moradores do bairro reside em edifícios de altura razoável, onde o som não reverbera com a mesma amplitude. E muitos têm janelas com isolamento acústico, o que deixa os ruídos do lado de fora.
Em bairros como Jurunas ou Guamá, ao contrário, grande parte da população mora em casas térreas, muitas delas em precárias condições. Sem isolamento acústico, nem nada. São essas pessoas que passam noites sem dormir e sofrem como se estivessem no próprio inferno, graças ao terrível turbilhão sonoro. Penso que essa gente deveria ser o foco do mapa acústico de Belém. Fica minha sugestão aos pesquisadores e a todas as entidades envolvidas no estudo.
Adelino de Lima Araújo Neto
adelino.belem@gmail.com
Adelino,
Seu comentário é uma aula de bom senso e de conhecimento sobre esse assunto. Vou postá-lo na ribalta, ao longo desta sexta-feira, para que os leitores possam ter a oportunidade de avaliar suas ponderações.
E parabéns por ter-se identificado, inclusive disponibilizando seu e-mail.
Abs. e disponha sempre do Espaço Aberto.
isso parece ser um descaso
conserteza
os onibus tornam e fazem esses
trosntorno
alem dos maluco que chega na minha porta e bota os sons nas autura haaaaaaa eu moro em nazere
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