quinta-feira, 17 de abril de 2008

Advogado de Luiz Araújo adia júri e representa contra juiz

No AMAZÔNIA:

O segundo julgamento do radialista Luiz Araújo não vai mais acontecer amanhã, conforme estava previsto e foi anunciado. O advogado de defesa, César Ramos da Costa, entrega hoje, no Tribunal de Justiça do Estado, atestado médico que garante a sua impossibilidade de estar presente no dia num novo julgamento. Além do atestado, o advogado também impetra, junto ao Conselho Nacional de Justiça, uma representação contra o juiz Raimundo Moisés Flexa, titular da 2ª Vara do Tribunal de Júri da Capital, alegando suspeição do magistrado e acusando-o de prática de cerceamento de defesa.
César Ramos, em entrevista exclusiva ao Amazônia, disse que decidiu abandonar o julgamento, depois de 12 horas de andamento, porque o juiz Raimundo Flexa acatou um pedido informal do assistente de acusação, que pedia a proibição da exposição aos jurados de fotos e documentos constados nos autos. 'O acusador disse que meu cliente teria ligado do seu celular para uma das vítimas. Mentira. E, com a conta telefônica eu poderia comprovar a mentira, mas o juiz entendeu que essa prova eu não poderia usar. Nem essa, nem outras, o que considerei um absurdo que interpreto como cerceamento de defesa', defendeu-se César Ramos. Irritado com a decisão do magistrado, ele decidiu abandonar a tribuna.
O advogado disse que já participou de mais de 80 júris, o que lhe confere experiência. Disse ainda que nunca pediu adiamento de um deles. Lembrou que, além da reprovação à decisão do juiz-presidente do julgamento, ele estava, naquela ocasião, gripado, sob efeito de medicamentos.
César Ramos disse ainda que o assistente de acusação, o advogado Roberto Lauria, mandou o tempo todo no julgamento, sob o olhar indiferente do juiz Raimundo Flexa. 'Não foi um pedido feito em público, como deveria ser efetuado. Isso me irritou', afirmou César.

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