sábado, 5 de abril de 2008

Na FOLHA DE S.PAULO:

O estagiário de direito Alexandre Alves Nardoni, pai da menina Isabella, passou a noite em uma cela separada da dos demais presos da carceragem do 77º Distrito Policial (Santa Cecília). Sem colchão, ficou a maior parte do tempo sentado no chão de cimento do distrito policial.
Um policial que pediu para não ser identificado disse que ele não dormiu em sua primeira noite na cadeia.
De acordo com policiais da 1ª Delegacia Seccional (centro), Nardoni foi colocado em uma cela individual da carceragem para não sofrer agressões de outros presos. O isolamento foi uma das condições que ele e sua mulher, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, exigiram para se entregar à polícia, na tarde de quinta-feira.
A negociação foi feita entre quarta-feira e quinta-feira entre os advogados dos suspeitos e policiais do 9º DP (Carandiru), responsável pelas investigações.
Segundo a polícia, a princípio Nardoni não queria se alimentar e não comeu o jantar da quinta-feira nem o café da manhã de sexta-feira. Decidiu, porém, almoçar ontem. O cardápio era arroz, feijão, salada, lingüiça e, como sobremesa, doce de leite.
Ele recebeu apenas a visita de seu advogado, Marco Polo Levorin. O advogado disse que ele estava bem fisicamente, mas muito abalado.
Na quinta, a família de Nardoni divulgou carta em que ele dizia que o seu "mundo acabou" com a morte da filha e que está sendo condenado por algo que não fez.
Nardoni fica em uma cela de cerca de 9 m2, separada da dos outros 16 presos da carceragem. Até ontem, ele não possuía colchão - item que solicitou ao seu advogado. A cela possui uma latrina e um cano d'água.
Pelas normas do 77º DP, Nardoni só poderá receber visitas de familiares na próxima quinta-feira, assim como os demais presos. A carceragem onde ele se encontra é destinada apenas a presos temporários.

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