Empresários e trabalhadores do setor madeireiro do Marajó criaram uma força-tarefa para apoiar os técnicos da Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema) nos processos de análise dos planos de manejo destinados à região.
A intenção é agilizar a apreciação dos 38 projetos retidos na secretaria, muitos deles engavetados há dois anos. A medida foi definida após reunião com o titular da Sema, Valmir Ortega, representantes da Associação da Indústria Exportadora de Madeira do Pará (Aimex) e lideranças políticas, empresariais e de trabalhadores. A proposta foi apresentada pelo presidente da Comissão de Estudos sobre Desmatamento no Pará, deputado Cezar Colares (PSDB), que intermediou o encontro.
Colares explicou que a situação no Marajó deve receber um tratamento diferenciado por parte do governo porque a atividade madeireira é a base predominante da economia na região. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Madereira de Breves, Sines Farias dos Santos, nos últimos seis meses, mais de 1.200 trabalhadores perderam o emprego por conta da lentidão nas ações da Sema, Incra e Iterpa.
O presidente do Sindicato dos Madeireiros do Pará (Simmar), Dejair Oliveira, ressaltou que é preciso “urgência e celeridade” do governo para liberação dos projetos na Sema, sob pena do Marajó mergulhar numa das “maiores crises” da atividade florestal.
Por conta dessa situação socioeconômica desfavorável na região, agravada pela crise na atividade madeireira a violência cresceu em 80% , conforme o prefeito de Breves, Luiz Rebelo, também presente à reunião. Ele fez um apelo ao secretário Valmir Ortega para que o governo trate de forma diferenciada o Marajó por conta das especificidades econômicas.
O secretário Valmir Ortega anunciou que será instalada uma unidade da Sema em Breves, com o objetivo de agilizar a ação do governo na emissão do documentos necessários à exploração sustentável da atividade madeireira no Marajó.
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