Na FOLHA DE S.PAULO:
Apreensivo com o desfecho das investigações da Polícia Federal sobre o dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governo cogita em última hipótese atribuir ao braço direito da ministra Dilma Rousseff, a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a responsabilidade pelo viés político na coleta e organização dos dados.
Essa possibilidade não conta com a simpatia da ministra, mas é avaliada por assessores do governo como inevitável caso a PF aponte, ao final do inquérito, que o dossiê foi elaborado naquele formato dentro da Casa Civil, diferentemente da última versão apresentada por Dilma, segundo a qual o documento teria sido montado a partir de dados do Planalto.
As investigações fugiram ao controle do Planalto e, até a conclusão dos trabalhos da Polícia Federal, a estratégia do governo é manter Dilma o mais distante possível da crise do dossiê. A ministra fica no exterior até o final do mês.
No Planalto, há quem avalie como erro o governo não ter admitido que o dossiê havia sido elaborado por funcionários da Casa Civil como instrumento de defesa na luta política, na busca de comparar gastos do tucano com os de Lula.
Fora o temor com o desfecho das investigações, assessores do presidente crêem que, passado o desgaste pessoal, Dilma poderia obter dividendos numa eventual corrida à sucessão de 2010 por se tornar mais conhecida e se apresentar como vítima no episódio.
A crise estaria ainda impondo uma revisão no comportamento de Dilma -considerado arrogante e explosivo, incompatível com uma campanha.
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