quinta-feira, 24 de abril de 2008

Delegados vão parar no dia 30 como advertência


No AMAZÔNIA:

Delegados da Polícia Civil do Pará decidiram, ontem à noite, em assembléia geral realizada na sede da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), fazer uma paralisação de advertência na próxima quarta-feira, dia 30, em protesto contra a 'intransigência' do governo, que se nega a a negociar a isonomia salarial da categoria com procuradores do Estado. Também ontem, a desembargadora Maria Helena Ferreira pediu vistas para analisar com mais profundidade o recurso da Procuradoria Geral do Estado (PGE), denominado de embargo de declaração, que pede a reforma da decisão do Tribunal de Justiça do Estado que garante a isonomia salarial dos delegados de Polícia Civil do Estado com os procuradores do Estado.
Os delegados aguardam a decisão do Pleno do TJE para decidir se entram em greve por tempo indeterminado.
Com o pedido de vistas da desembargadora, o julgamento do recurso deverá ser votado apenas na próxima quarta-feira.
A presidente da Associação de Delegados de Polícia do Pará (Adepol), Perpétua Picanço, no entanto, garantiu que a paralisação nada tem a ver com o pedido da desembargadora, mas sim, com a falta de uma política de reajuste e valorização salarial dos delegados de Polícia Civil no Pará. 'Já esgotamos todas as possibilidades de conversa com o governo do Estado, que até agora não se posicionou nem se sentou para debater a matéria conosco', explicou.
De acordo com Picanço, a totalidade da categoria deve aderir à paralisação, mas a imposição legal de manter 30% do quadro trabalhando será respeitada. 'Os delegados plantonistas, nesse dia, vão se restringir à lavratura de flagrantes', disse.
Em dezembro de 2007, o TJE ratificou a decisão sobre o direito dos delegados de Polícia Civil do Pará à isonomia salarial com os procuradores do Estado. Em 2007, o Supremo Tribunal Federal, através do ministro Gilmar Mendes, disse que a reinvindicação dos delegados paraense é justa, negando recurso à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), da Associação Nacional dos Procuradores de Estado, que pedia a suspensão de julgamento do Tribunal de Justiça do Estado, segundo informou a presidente da Adepol.

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