No AMAZÔNIA:
O empresário Chico Ferreira senta hoje no banco dos réus do Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), acusado pelo duplo assassinato dos irmãos Ubiraci e Uraquitã Novelino. O novo julgamento foi marcado após apelação dos advogados de defesa que recorreram da condenação de Chico Ferreira a 80 anos de reclusão. A lei de execuções penais brasileira garante um segundo julgamento aos réus condenados a mais de 20 anos de prisão.
A condenação a 80 anos de reclusão foi decidida pelo Tribunal do Júri ao final do julgamento ocorrido no período de 19 a 21 de novembro do ano passado. Na ocasião, Chico Ferreira, Luiz Araújo, Sebastião Cardias e José Augusto Marroquim de Souza foram julgados e condenados pelas acusações de homicídio qualificado, formação de quadrilha, ocultação de cadáveres e receptação qualificada. Os mecânicos João Carlos Barros Figueiredo e Messias de Jesus Nunes da Silva, também julgados no mesmo período, foram absolvidos. A decisão pelas novas datas de julgamento - hoje para Chico Ferreira e dia 2 de junho para o radialista Luis Araújo - foi tomada pelo juiz responsável pelo caso, Raimundo Flexa, no último dia 17, que ajustou a agenda de julgamentos do semestre.
O ex-policial Sebastião Alves Cardias e José Augusto Marroquim já tiveram as sentenças condenatórias confirmadas num segundo julgamento.
No dia 25 de abril de 2007, os irmãos Uraquitã e Ubiraci Novelino foram assassinados dentro na empresa Service Brasil. Chico Ferreira devia aproximadamente R$ 4 milhões para os Novelino. Ainda de acordo com a denúncia do Ministério Público, os irmãos foram algemados com as mãos para trás, tiveram os rostos cobertos e depois estrangulados com uma mangueira. Os acusados simularam um assalto à empresa. Os corpos das vítimas foram colocados em tambores e levados, numa Fiorino, até uma embarcação à beira da baía do Guajará e jogados na baía.
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