Da jornalista Franssinete Florenzano, sobre a postagem A prostituição em troca de óleo combustível:
[...] Na época em que foram realizadas as audiências públicas para debater o EIA/Rima da Hidrovia do Marajó, eu estava na comitiva que percorreu o arquipélago, a bordo da chatinha Imediato Carepa (onde está? Alguém viu?). Vi muitas vezes, com o coração apertado, as menininhas se oferecendo em troca de comida, qualquer coisa. Era de doer, testemunhar o abandono, a extrema miséria humana, naquela paisagem exuberante. No navio estavam várias autoridades, inclusive do Ministério Público Estadual e Federal (da Sub-Procuradoria de Brasília, nenhum daqui, devo registrar), que também cansaram de assistir às deprimentes cenas. Mas todos pareciam mais interessados em proteger botos, peixes e passarinhos. Tanto que ninguém fez algo.
2 comentários:
Paulo, é impressionante o silêncio da sociedade e dos organismos oficiais que deveriam defender essas crianças. Por que? E se fossem as filhas dessas autoridades? Temos que gritar, sim, bem alto. Não se trata de acusar qualquer governo em particular, todos têm e tiveram responsabilidade. Ao invés de se defender - ou tentar se eximir, as autoridades deveriam proteger essas crianças.
Exato, Franssi.
Silêncio, omissão, conivência, inércia - tudo isso estimula a criminalidade.
Um pena.
Abs.
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