Advogados do professor Sílvio Gusmão, primeiro colocado na eleição para reitor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), colhem os últimos subsídios para concluir queixa-crime a ser ajuizada contra o também professor Bira Rodrigues, segundo colocado na disputa.
Gusmão considera-se vítima de crime contra a honra que teria sido praticado pelo opositor, no âmbito de processo em que o próprio Gusmão pede que a Justiça decrete a nulidade do processo eleitoral na Uepa, suspenso desde 15 de janeiro deste ano, por meio de liminar deferida pelo juiz Charles Menezes Barros.
Ao contestar a ação declaratória de nulidade, em peça que leva a assinatura da advogada Mary Cohen, o professor Bira Rodrigues acusa Gusmão de acumular o cargo de professor visitante de uma instituição de ensino superior particular, a Universidade Castelo Branco (UCB), com sede no Rio de Janeiro (RJ).
Além disso, considera um despropósito que Gusmão tenha pedido apenas a anulação do resultado da eleição, e não do processo eleitoral por inteiro, já que se alegam vícios desde o seu início. Também sobram acusações ao atual reitor, Fernando Palácios, acusado de utilizar a máquina universitária para fazer campanha em favor de Gusmão, atual pró-reitor da Uepa.
Bira Rodrigues, através de sua advogada, destaca na peça de defesa o link http://lattes.cnpq.br/5965559391455423, que conduz ao currículo de Sílvio Gusmão. Aí é que se encontra a menção de que ele é professor visitante da Universidade Castelo Branco, atua como professor orientador, com carga horária de 20 horas, e “desempenha no Programa de Mestrado em Motricidade Humana as funções de professor/orientador e membro efetivo do respectivo colegiado”.
Na queixa-crime que ingressará em juízo, pretende desmontar todas as acusações de Bira Rodrigues, inclusive a de que beneficiou-se da máquina administrativa da Uepa no processo eleitoral ainda inconcluso.
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Um comentário:
Caro Paulo,
Importante salientar que o Prof. Bira no dia 25/02/08 entrou com com representação contra Silvio Gusmão na Delegacia Geral de Polícia Civil do Estado pedindo para ser determinada a instauração de inquérito policial, por ter ido na imprensa denegrir a imagem do Prof. Bira perante a opinião pública e perante as autoridades de tal forma que fosse inviabilizada sua nomeação. Acusa o candidato Silvio Gusmão de crime de imprensa, de difamação, de injúria e de calúnia por ter deliberadamente ofendido a reputação do requerente.
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