Em O ESTADO DE S.PAULO:
O governo e a cúpula do PT intensificaram as articulações com o PMDB para aprovar em 2009 o fim da reeleição e o mandato de cinco anos para presidente, governadores, prefeitos e parlamentares. Na prática, tentam agregar forças para reapresentar a proposta - que saiu da pauta por uma mistura de descaso, divergência e falta de oportunidade política - no início da nova legislatura. Por trás desse movimento está a tentativa do PT de emplacar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2015.
O assunto voltou à cena depois de um almoço entre dirigentes do PT e do PMDB, há cerca de dez dias, precedido por uma reunião de peemedebistas com o ministro da Justiça, Tarso Genro. Para ele, a aproximação entre os dois partidos é a “chave” para empurrar a reforma política baseada numa aliança nacional forte. O problema é que PT e PMDB vivem um casamento com muitas crises. A disputa entre os parceiros vai desde cargos no governo a cotoveladas nos palanques municipais.
Mesmo assim, articuladores do Planalto acreditam que é possível aprovar mudanças no sistema, já que setores da oposição, especialmente dentro do PSDB, aceitam discutir a idéia.
“Sou favorável ao fim da reeleição, mandato de cinco anos e unificação das eleições para todos os cargos”, afirmou Tarso. “Eleição de dois em dois anos prejudica até mesmo o processo político-administrativo.”
Com o mesmo diagnóstico, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse que, além do fim da reeleição e do mandato de cinco anos, o pacote pode incluir o financiamento público de campanha e a fidelidade partidária. O PT defende o voto em lista, mas Berzoini admite que há resistências à proposta.
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