Na FOLHA DE S.PAULO:
A oposição acusou ontem a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) de ter comandado a operação para montagem do dossiê com informações sobre gastos sigilosos do governo Fernando Henrique Cardoso e cobrou sua demissão do cargo.
Da tribuna do Senado, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), chamou a ministra de "aloprada" e avisou que a oposição vai insistir em ouvi-la nem que para isso seja necessário criar uma nova CPI.
"Ela é aloprada. Aconteceu o alopramento da ministra Dilma, para ficarmos na linguagem amena do presidente Lula. O documento saiu da Casa Civil, das responsabilidades dela. Se ela que cuida do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] não é capaz de cuidar da Casa Civil, coitado do PAC."
A estratégia é convidar a ministra a depor em comissões do Senado e da Câmara, já que a base promete rejeitar na CPI dos Cartões qualquer requerimento que convoque a ministra -o primeiro foi rejeitado- ou a assessora Erenice Guerra.
"Eles [oposição] querem claramente eliminar todos os quadros políticos do PT e a ministra vem sofrendo ataques por ser competente", afirmou o relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). O deputado Vic Pires (DEM-PA) protocolará na segunda requerimento convocando Dilma e Erenice.
A presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), também decidiu buscar dados para abastecer a comissão mesmo que extra-oficialmente.
A Folha revelou ontem que o dossiê, ou, segundo o governo, base de relatório de suprimento de fundos, foi montado na Casa Civil sob coordenação de Erenice, braço direito de Dilma, o que acirrou ânimos no Congresso. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) ingressou com queixa-crime na PF para que o fato seja investigado.
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