quinta-feira, 7 de abril de 2011

"Goste-se ou não, a privatização foi boa para a Vale"

Roger Agnelli: alvo das pressões do governo petista
De um Anônimo, sobre comentário do senador Mário Couto (PSDB-PA), criticando a ingerência do governo Dilma na saída de Roger Agnelli da presidente da Vale:

Aos exaltados petistas:
Goste-se ou não, a privatização foi boa para a Vale do Rio Doce e, por que não dizê-lo claramente?, para a economia brasileira; pelo menos, todos os analistas anuem em declarar que o patrimônio e lucro da empresa cresceram exponencialmente, sendo hoje, até onde sei, a segunda maior mineradora do mundo (perde apenas para a Anglo, uma mineradora australiana).
Depois, se o PT não gostou dos resultados da privatização, por que não a reestatizou? Porque seria loucura, é claro, diante dos bons resultados obtidos pela empresa, além de ser um mau sinal para os investidores internacionais.
O governo federal não tem 51% das ações da Vale, tanto é assim que pressionou o Bradesco para que o banco, que detém parte das ações (confesso que me esqueci o percentual do Bradesco), concordasse com a substituição do Sr. Roger Agneli do comando da mineradora, o que acabou conseguindo pela força política evidente de que usufrui (quem vai brigar com o governo federal, sabendo que este pode usar o seu enorme aparato fiscal para perseguir os empresários recalcitrantes em ceder aos ímpetos políticos; veja-se o que a presidente Cristina K. faz com o jornal El Clarín na Argentina).
A questão reside - e, aqui, estou de acordo com o senador paraense - no fato de que a intervenção do governo federal no comando da Vale foi de cunho eminentemente político e não porque as ações da empresa estivessem em queda. Ora, nossa experiência histórica indica que o governo federal fracassa quando tenta agir como um ator econômico, quando decide intervir no domínio estritamente econômico, tornando-se um competidor das demais empresas privadas. Há exceções, é claro, como é o caso da Petrobrás, cujas ações não pertencem, até onde sei, totalmente ao governo federal.
No caso da Vale a situação é bem outra. Quando deixou de ser estatal, cresceu exponencialmente, perseguindo o lucro, internacionalizando-se, satisfazendo seus acionistas, etc.
Mas aí vem dona Dilma pressionar, sob o olhar complacente de todos, o Bradesco para dar um golpe de misericórdia no Sr. Roger Agneli.
Havia riscos de que os acionistas tomassem algum prejuízo pela suposta má atuação do comando da Vale? Não!
Alguma notícia ou sinal prenunciava que a Vale não se recuperaria da recente crise financeira internacional decorrente da quebra do banco Leman Brothers? Não!
Então, por que o governo federal interveio com tanta gula no comando da poderosa Vale do Rio Doce?
Que responda dona Dilma ou os seus exaltados (e equivocados) seguidores!

11 comentários:

Anônimo disse...

Sim, de fato, muito boa para a Vale. Só não para o país.

Anônimo disse...

No campo do contraditório vale ressaltar que o PT não alterou a estatização da Vale por respeito as instituições.

Mas o choro do anônimo na ribalta nada mais é do que a certeza de que um dos maiores financiadores das campanhas do PSDB em todo Brasil foi defenestrado.

Anônimo disse...

Boa pra vale e ruim para o estado do Pará, que já perdeu bilhoes de reias em receita, seja pela ausencia de industrialização dos minerios, seja pela famigerada lei Kandir

Anônimo disse...

Também foi muito fácil privatiza-la a preço de banana e com dinheiro dado generosamente pelo BNDES

Anônimo disse...

Bom? O que? Aqui no estado do Pará o que fica é buraco e miséria no entorno de Carajás. A cidade de Barcarena era pra ser uma das mais prósperas, mas é só pobreza e violencia, além exportar gente pobre pra Belém. Ou o bonitinho acha que somos míopes ou lesos

Anônimo disse...

O motivo da saida do Roger é que Ele nao estava afim de promover a industrialização no país, mas como sempre de priorizar a exportação dos minerios

Anônimo disse...

Quando era pública, a Vale tinha 13 mil funcionários. Hoje tem 75 mil. Só um ignorante pode dizer que isso não foi bom pro país.

Anônimo disse...

Imagino que a Vale, antes de ser privatizada, era o maior cabide de emprego para os apaniguados do Poder, que agora reclamam porque perderam a mamata.
Agora uma coisa é certa: se ainda há muito minério indo embora, e que depois volta em forma de carros chineses e outros bens, é porque os poderosos de plantão não dão a mínima a isso, talvez até por razões inconfessáveis.

Anônimo disse...

O inteligente anônimo das 14:27, do alto de sua imensa sapiência, decretou que quem não concorda com o absoluto benefício para todos que foi a privatização da Vale só pode ser ignorante. Inteligentíssimo, acredita que beneficiando descaradamente grupos minoritários todos gozam. O crescimento do número de funcionários só ocorreu devido à privatização e não pelas novas frentes de exploração feitas pela Vale. Isso é que é pensamento de gênio!

Carlos André disse...

Deixem de hipocrisia,
Se o governo tem força suficiente para pressionar pela mudança de rumos de uma grande empresa como a Vale, por discordar dos rumos da administração, principalmente em se tratando dos interesses nacionais, QUE O FAÇA!

Todos as grandes potências do mundo fazem isso defendendo seus interesses. Se o governo brasileiro não agir dessa forma, vai ser ingênuo, ou muito burro.

Anônimo disse...

Enquanto isso, o Pará vai amargando e acumulando prejuízos decorrentes da Lei Kandir!!! E, a Vale só lucrando...ano a ano...com a exportação dos nossos minérios!!!Faz lembrar a música do Mosaico de Ravena..."...Por que ninguém nos leva a séério...só os nossos minérios..." Acorda Pará, Acordem Políticos!!!