quarta-feira, 6 de abril de 2011

Senador rejeita recomendação da OEA



O Senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), eleito nesta terça-feira (05) presidente da subcomissão de acompanhamento das obras de Belo Monte no Senado definiu como "absurda" a recomendação da Organização dos Estados Americanos (OEA) para que o Brasil suspenda todo o processo de licenciamento e as obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. (Ouçam acima o aúdio).
"Se por algum motivo as ações comprometidas pelo Governo Federal não acontecerem, o Senado Federal é que irá solicitar a paralisação das obras. Não há necessidade que OEA ou qualquer personalidade estrangeira ou ONG vir ao Brasil solicitar que as obras parem. É o próprio Senado, que representa os Estados do Brasil que irá fazê-lo se assim for necessário", destacou Flexa.
"Com relação à notícia que a OEA pede que as obras não sejam iniciadas, ao meu juízo isso é um absurdo. Uma intromissão na soberania de um país e que seria muito bem aceita se, ao invés da OEA vir dessa forma solicitando uma ação de não-início ou paralisação de uma obra em nosso país, que ela viesse como colaboração... apontando na sua visão qual a ação que deveria ser melhorada e de que forma, não só dizer mas também de que forma melhorar, para que nós, brasileiros, acolhendo a contribuição pudéssemos avaliar e aceitar ou não. Mas da forma como foi formalizado, deve ser rechaçada de pronto de parte do governo brasileiro", disse.

3 comentários:

Anônimo disse...

Posição do líder do PT sobre Belo Monte http://bordalo13.blogspot.com/2011/04/sobre-belo-monte-estou-com-o-governo.html

quarta-feira, 6 de abril de 2011
Sobre Belo Monte, estou com o governo brasileiro
A OEA cobrou a suspensão do processo de licenciamento e deu prazo de 15 dias para que o governo brasileiro adote medidas em defesa da proteção dos povos indígenas da região. Não posso deixar de concordar, como petista, brasileiro e amazônida, com a reação oficial do Brasil, que classificou como ‘precipitadas e injustificáveis’ as determinações da CIDH/OEA. Também assino embaixo da declaração da nossa ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que afirmou ser manifestação da OEA uma “agilização desmedida” sobre o caso.

Ela, inclusive, fez questão de reiterar que o governo tem ouvido as comunidades indígenas e pretende continuar ouvindo, pois "esse processo ainda está em andamento".

Se o Brasil deixar de produzir isso para começar a utilizar termelétrica a óleo diesel será um movimento insano contra toda a luta que nós estamos fazendo no mundo pela questão climática. Como lembrou a presidenta Dilma numa declaração recente sobre a exploração da camada petrolífera do pré-sal, nosso país quer ter sua matriz enérgica limpa e não baseada em combustíveis extremamente poluentes, pois o modelo econômico que buscamos para crescer e nos desenvolvermos é diferente do da Europa, EUA, Japão, que rimaram prosperidade com destruição do meio ambiente. O mais engraçado é que os ambientalistas que tanto bradam contra o monóxido de carbono e a energia nuclear também querem impedir que usemos nosso enorme potencial hídrico para gerar o crescimento que precisamos e impedir calamidades como o Apagão dos anos FHC.

Do ponto de vista financeiro, inclusive, Belo Montevai custar R$ 78,00 o megawatt/hora, enquanto uma usina eólica custa R$ 150,00 o megawatt/hora; e uma usina a gás, mais ou menos R$ 200,00 o megawatt/hora. Portanto, a energia hídrica ainda é a mais barata

Hoje, além do diálogo com a comunidade envolvida no projeto, com as instituições e a soceidade civil, justamente por esta orientação de abrir o Estado à participação popular, houve uma redução de 60% na área ocupada pelo reservatório da usina. O lago previsto hoje é 40% daquilo que era previsto anteriormente

Sem contar que há um estudo que embasa a obra dizendo que a construção de Belo Monte permitirá a expansão de uma hidrovia no Xingu, já que o lago da usina possibilitaria o desvio de um trecho de cerca de 100 km de rio com leito rochoso, atualmente um obstáculo à navegação, barateando o transporte humano, a escoação da nossa produção, gerando mais empregos, oportunidades, acesso aos bens culturais e o aproveitamente dessas verdadeiras "rodovias fluiviais" que a Amazônia e o Brasil como um todo dispõe, mas tem como herança um modelo baseado no petróleo: de pneus, asfalto, gasolina/diesel. Um completo contrasenso com o nosso potencial.

Espero que mudemos o rumo desta prosa e possamos tirar do papel um sonho de 30 anos, em conforme - como não poderia deixar de ser - com as justas reivindicações das populações e com o meio ambiente.

Anônimo disse...

Impressionante o poder de mentir deslavadamente do Itamaraty, capitaneado pela presidente da República, da triste ministrados Direitos Humanos, do ministro das mMinas e Energia, de todos os intere$$ado$ em Belo Monte, como o deputado Bordalo. As populações indígenas, com todo o direito, foram à OEA exigir que fossem ouvidas, e os cínicos afirmam que houve "trocentas" audiências públicas com as populações que serão atingidas. Isso é escarrar na Declaração de Direitos Humanos, e debochar da inteligência da população, é decretar a extinção dos grupos indígenas e dos moradores da região do Xingu.
Não´é um sonho de 30 anos, deputado, é um pesadêlo que atormenta os primeiros habitantes do Xingu, ameaçados pela ganância dos brancos e de péssimos brasileiros como o senhor.

Anônimo disse...

A declaração do deputado BOrdalo já era previsivel, a tendência que o mesmo faz parte a Democracia Socialista tem essa qualidade, a de ter discursos promiscuos para qualquer ocasião.

A sorte que o PT nunca foi um partido socialista. Imagino como deve estar intelectuais como Leonardo Boff que se colocam em defesa do Planeta, com essas declarações.

A OEA agiu correto.

O discurso do Dep. Bordalo é o mesmo do Sen Flexa, este último membro de um partido que sempre seguiu a cartilha do consenso de Wasghinton.

A quem essa gente serve?

PELA NÃO CONSTRUÇÃO DE BELO MOSTRO..................