terça-feira, 16 de novembro de 2010

Remo e Paysandu: empate dentro e fora

Remo e Paysandu, vocês sabem, estão piores fora de campo do que dentro.
Dentro, um não tem divisão, outro está na Terceira.
Fora, os dois estão com as finanças esfaceladas, enfrentam mais de 1.500 processos na Justiça do Trabalho, vivem com seus bens sob ameaça de leilões e agora, em período de renovação de seus quadros dirigientes, revelam coisas curiosas.
No Remo, por exemplo, uma das chapas, a Diretas Já-Juventude Azulina, se diz de oposição.
E se mostra encharcada (oh, Odorico!) de ódio no coração quando se diz que seu candidato oculto à presidência do clube é o doutor Amaro Klautau, o cara da marreta.
Mas quando se vai conferir os condestáveis da chapa, lá se encontra gente que é companheiro de diretoria de Amaro Klautau.
É o caso de Sua Sua Senhoria o diretor de Estádio, Odilardo Silva, o mesmo que, tão zeloso, mandou repor um escudo xuxuré no lugar daquele que foi marretado por Amaro, que não se deu ao trabalho de avisar ao diretor de Estádio que o escudo do seria posto abaixo.
No Paysandu, o presidente Luiz Omar Pinheiro, que fala tanto, mas tanto, que acaba falando até quando está calado, pretendeu, junto com os demais conselheiros do clube, modificar o estatuto para impedir a inscrição de chapas até 24 horas antes das eleições do clube, marcadas para o dia 22 vindouro.
Pois já se decidiu: o estatuto antigo é o que vale.
Tradução: Luiz Omar vai ter opositor. Terá que disputar. Terá que bater chapa com outras chapas.
Remo e Paysandu, vê-se, estão empatados.
Empatadíssimos.
Pelo que fazem - de ruim - ou deixa de fazer.
Dentro e fora.
Fora e dentro de campo.

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