O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça um grupo de sete pessoas acusadas de formar quadrilha para tentar fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Altamira, no Pará. Denunciou, também, mais dois por receptação dos recursos recebidos dos interessados em obter os benefícios, remetidos por integrantes da quadrilha. O grupo, comandado por uma falsa advogada, chegava a cobrar R$ 5 mil por “atendimento”. Caso condenados, os acusados podem pegar até 4 anos e 8 meses de prisão mais multas e ampliação da pena devido a agravantes e a majorantes, como o crime continuado.
A denúncia, assinada pelo procurador da República Bruno Alexandre Gütschow, foi encaminhada à Justiça Federal em Altamira na última sexta-feira,12 de novembro. O grupo é acusado por estelionato, formação de quadrilha, e sua mentora ainda por falsa identidade. A líder da quadrilha, Maria Nascimento Pereira, responde a mais de 40 inquéritos na Polícia Federal (PF). Desde maio ela está no Centro de Recuperação de Altamira. A prisão preventiva foi decretada depois que investigações da PF apontaram que a acusada chefiava o grupo.
Maria Pereira, conhecida também como Maria Pontes, fazia se passar por advogada especializada em questões previdenciárias e conquistava as vítimas dizendo que tinha influência junto a servidores do INSS ou que poderia suborná-los.
“Demonstrando ser pessoa bem instruída e com alto poder de convencimento, procurava passar segurança às vítimas. Era a própria denunciada quem administrava o esquema criminoso em Altamira, atendendo pessoalmente as vítimas, prometendo-lhes o benefício previdenciário e convencendo outras pessoas a lhes trazer mais vítimas em troca de recompensas”, relata o procurador da República no texto da denúncia.
Quando as vítimas não podiam pagar a quadrilha em dinheiro, muitas vezes acabavam dando móveis e eletrodomésticos para os criminosos, na esperança de conseguirem benefícios do INSS. Em depoimentos, as vítimas contaram que até televisores e pneus de carros foram cedidos em forma de pagamento.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MPF
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