“Faço marketing político. Eu não governo. O que avalio e avaliei [em entrevista ao ‘Diário do Pará’] foi a performance do marketing da campanha. O objetivo do marketing político não é vencer eleição, mas fazer com que o cliente saia do pleito melhor do que entrou e esse objetivo não foi cumprido por quem fez o marketing do PT no Pará. Eu não disse em lugar algum que se eu tivesse feito a campanha Ana Júlia teria vencido; disse e repito que se eu tivesse feito não cometeria os mesmos erros que foram cometidos. Ora, se Dunga não estivesse no comando da Seleção Brasileira teríamos vencido a Copa do Mundo? Jamais saberemos. A história só se repete como farsa.”
Chico Cavalcante (na foto), jornalista e publicitário, no Blog da Repórter, da jornalista Rita Soares.
3 comentários:
O Chiquinho está certo: quando o governo é ruim, muito ruim, nem os marqueteiros podem salvá-lo!!!
Isso não é verdade, anônimo das 09:51. Duciomar foi o pior prefeito da história. Uma praga bíblica. Somente na saúde passaram 6 secretários em seis anos. Todos os programas sociais das administrações anteriores foram desmantelados. A cidade está coberta de lixo, bueiros abertos, ratos nas ruas e nas repartições públicas do município. Mas esse prefeito ruim, muito ruim, ruim mesmo... SE REELEGEU! Além disso, o governo de Ana Júlia não foi ruim como o governo de Jatene, que sequer reivindicou a reeleição tamanho o vexame de seu governo. Estão querendo plantar que Ana Júlia perdeu porque fez um governo péssimo. Não, senhores. Perdeu porque fez a pior comunicação de campanha.
Desculpe-me, anônimo das 12:37, mas teus argumentos parecem querer criar uma espécie de mito, qual seja, a de que Ana Júlia perdeu a eleição não porque tenha sido má governadora, mas porque "fez a pior comunicação de campanha."
Com todo o respeito, não é verdade - o governo de Ana Júlia foi desastroso, caótico, desarticulado, péssimo mesmo.
Depois, Jatene não foi candidato por questões políticas, pois foi atropelado por Almir Gabriel que impôs sua candidatura, o que provocou a derrota tucana, sobretudo depois que Jáder Barbalho passou a apoiar Ana Júlia.
Jatene estava bem avaliado, tinha obras e serviços para exibir e não era alvo de acusações de corrupção; no governo atual, faltam obras e serviços de vulto para exibir e sobejam casos de corrupção (não se esqueça de que já há ex-dirigentes com bens bloqueados pelo Judiciário, como sucede no caso dos kits escolares).
Percebo que há um movimento tentando criar esse mito segundo o qual Ana Júlia teria feito um bom governo, não tão "ruim como o governo de Jatene" (se é assim, por que o povo preferiu Jatene?), etc., mas perdido a eleição "porque fez a pior comunicação de campanha."
Evidentemente, a realidade conspira contra esse movimento e não acredito que Ana Júlia consiga se reeguer tão cedo; provavelmente, entrará numa carreira política regressiva, disputando cargos menores, como o de deputada federal, por exemplo, algo semelhante ao que aconteceu com o Ademir Andrade.
Quanto ao Duciomar, acredito que tenha vencido a eleição porque ele "asfaltou" a candidatura de Priante, ou seja, pavimentou dezenas de ruas e passagens nos bairros populares em plena campanha cobrindo a cidade de placas de propaganda sobre tais "obras."
Além disso, a maioria do povo identificava Priante com o Jáder, o que colocava em dúvida a autonomia que teria para governar.
Estas foram as razões da vitória de Duciomar e não a campanha eleitoral que realizou.
No caso da última eleição, nem no último momento Ana Júlia fez algo grande nem tampouco Jatene pode ser comparado ao Priante.
Portanto, quando o governo é ruim, muito ruim mesmo, nem o melhor marqueteiro consegue salvá-lo (vide, aliás, o caso da desastrada governadora gaúcha Yeda Crusius, também derrotada na última eleição).
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