sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Do Velho Mundo para a Amazônia, turismo dosado

De um Anônimo, sobre a postagem O lazer para os mais pobres:

Eu tenho uns amigos franceses que estiveram aqui para conhecer a Amazônia e ficaram admirados como nós só mostramos prédios (que eles acharam bonitos), mas esperavam ver a natureza.Acharam que essas ilhotas aqui em frente deveriam ser mais bem aproveitadas para o turismo e acharam Manaus mais empenhada no turismo ecológico. Ninguém sai do Velho Mundo, que tem prédios e museus deslumbrantes, para conhecer concreto na Amazônia. Tem que dosar.

6 comentários:

Anônimo disse...

...... que Manaus está na dianteira em turismo ecólogico, isso é fato há muitos anos.
A grande realidade é o Pará, via Paratur, sempre esteve alheia a isso. Quase sempre presidida por algum(a) afilhado(a) político, nunca havia um plano diretor pra valer na Paratur.
No governo Ana Julia, apontem o que fez a Paratur. Indaguem o que pensam da Paratur os Agentes de Viagem ?
Temos o Marajó pra mostrar a quem nos visita, mas não temos transporte adequado e regular. Experimentem usar aquelas balsas velhas que fazem a travessia Icoaraci-Camará. Sujos, banheiros fedorentos e mal cuidados.
A grande realidade é que o Pará não tem infraestrutura para fomentar turismo de qualquer espécie, seja para turistas, seja para os nativos.
Os empresários do ramo da hotelaria vivem queixando-se de baixa ocupação, mas - em contrapartida - cobram os maiores preços em diárias de toda a região norte-nordeste.
Fico nisso para não alongar-me nas observações, pois há muito mais mazelas que estão na cara de quem quiser ver o problema.
O governador eleito tem condições de dar um basta nesse cancro e aproveito para sugerir a ele que procure ouvir os Agentes de Viagem da área receptiva, os dirigentes da ABAV e ouvir deles seus anseios.

Anônimo disse...

Tá bom, vou viver de tanga pra satisfazer os turistas? Espera mano, sentado tá!

Anônimo disse...

Certa vez, conversando com dois jornalistas europoeus, apreciando o final da tarde de Soure, nas margens do rio Paracauaru. O papo resvalou para o campo da literatura de temática amazônica. Desnecessário dizer que os jornalistas ficaram surpresos, pois desconheciam que houvesse escritores literários na Amazônia. São esses tipos que temos que aturar.
Temos que acabar com esse complexo de vira-latas. Desculpe, esse discurso de America Latina rejeitada não me serve. Somos Brasil. As identidades são muito poucas, as diferenças imensas. Destaco as principais: colonização e língua. "Punto e basta"

Anônimo disse...

Concordo com o anônimo das 17:34.
E a janela de tudo isso tem que ser Belém.
Já postei comentário em outra oportunidade dando opinião sobre o fim da feira do Ver-o-Peso, com sua consequente remoção para Icoaraci, a fim de fazer a interligação da Estação das Docas até a Casa das Onze Janelas.
Já pensou a estrutura do Ver-O=Peso podendo ser usada, a noite, pelos turistas? Isso melhoria até mesmo o trânsito durante o dia e fomentaria o turismo.

Anônimo disse...

exato, meu amigo: Manaus sabe "se vender" (no bom sentido), sabe explorar suas peculiaridades; nós, não.

Considero que Belém e Manaus sejam morenas: Manaus uma morena que cuida muito bem de seus cabelos bonitos e castanhos, enquanto Belém pinta-os de loiro, precisa ficar usando produtos reparadores e, não obstante, fica uma coisa brega e artificial.

JOSE MARIA disse...

Meu caro Bemerguy,

Acontece que o nicho do ecoturismo amazônico já foi ocupado antes por Manaus e Iquitos mas, a bem da verdade, sem resultados econômicos expressivos.
Até onde sabia alguns lodges de selva de Manaus - caríssimos - espetaram belas contas no Banco da Amazônia e sua viabilidade econômica era, digamos assim, duvidosa.
De minha parte, adoto um indicador bem simples: se e quando - somente se e somente quando - os mochileiros do mundo descobrirem o Pará, aí sim teremos um boom turístico depois deles. Por enquanto, mochileiro é bicho escasso por estas bandas. Em Iquitos e Letícia/Tabatinga nem tanto.
Outra aposta que seria bom fazer - é óbvia - é no turismo religioso. Nesse caso o benchmark é Santiago de Compostela (a visita do Papa nesta semana não rendeu o esperado, suponho que por conta da crise na Espanha).